QUEM FOI JESUS?

 

Observando o que encontramos nas cartas de leitores das revistas, só podemos concluir que a fé cega mesmo o entendimento.   O famoso desconhecido Jesus continua uma grande incógnita da história e suscitando muitas discussões.  Mas, quanto mais se buscam provas da sua existência, mais duvidosa ela fica.

 

"Sobre a matéria de capa da edição 206, questiono: 12 detalhes 'surpreendentes' da vida de Jesus??? Que foi o gênio que fez tamanha descoberta? O mundo moderno precisa saber desses detalhes com urgência! Jesus era filho de Maria e José? Ele nasceu por volta de 5 anos a.C.? Era solteiro? Deixa eu parar por aqui porque é muita informação para um só dia... A sigla CSI da capa pode ser traduzida por Comprem, Seus Idiotas. Ainda bem que a revista traz outras matérias (algumas até interessantes)... E olha que eu nem sou um estudioso da Bíblia e muito menos um fanático religioso. Alguém fez catecismo por aí? Jadson Chiacalhoni, por e-mal" (Galileu, outubro/2008, pág. 6)

 

Jadson não é um fanático religioso. Imagine se fosse!  Iria querer queimar os que não creem, como fez tanto a igreja na Idade Média.  Não é um "estudioso da Bíblia".   Isso ficou bem claro: ele só fez catecismo. 

 

Outra pessoa, Marcelo Franco,  perguntou: "Qual é a verdadeira essência da revista GALILEU? Qual o objetivo da revista em abordar questões religiosas, na maioria delas cristãs, numa revista científica? Seria uma forma de 'revidar' a perseguição sofrida por Galileu?"

 

Para quem estuda com olhar de imparcialidade, sem torcer para uma ou outra corrente de pensamento, não há nada de errado uma revista científica procurar esclarecer um fato que envolve religião.   Isso faz parte da ciência também.

Muito bem disse Rosa, do Rio de Janeiro: "As crenças paralisam a função de pensar. O homem que busca a verdade com sua razão e não se deixa influenciar pelas crenças e pelos dogmas, naturalmente estimula mais sua inteligência em suas funções de discernir e de julgar".     

 

Por mais que se pesquise, que se busquem os restos de livros que ficaram escondidos e escaparam do trabalho de eliminação de provas feito pela igreja, por muito que se busquem os dados arqueológicos, encontrar dados que confirmem a existência de Jesus é algo dificílimo.   Os escritores dos dias em que Jesus teria vivido não disseram uma palavra sobre ele.  Como uma pessoa cuja fama teria corrido "por toda a região da Galiléia" (Lucas, 1: 28) e "por toda a Síria" (Mateus, 4: 24) não mereceu sequer uma linha entre as várias obras de Filon, cuja vida abrangeu todo aquele período?  Por que a igreja teve que fazer inserção de referência a Jesus em cópia de livro de Flávio Josepho? 

 

O nome "Yeshua" (Jesus) parece-me muito mais ter sido inventado e atribuído a um dos vários indivíduos que tentaram uma revolta e foram executado pelos romanos.  Se tiver existido esse homem chamado Jesus, ele só poderá ter sido alguém de nenhuma importância, nada de ser conhecido em toda a região.  Se outros que nada fizeram foram lembrados pelos escritores de seus dias, como um que fazia coisas extraordinárias e era conhecido em toda a Galiléia e em toda a Síria não era conhecido dos historiadores desse tempo?  Se os poucos escritos que foram aceitos para compor o chamado Novo Testamento são tão contraditórios sobre quase tudo que dizem a respeito de Jesus, e ainda existem um tanto de outros que falam dele de modo ainda mais divergente, e aqueles que não pertenceram ao grupo cristão nada falaram sobre ele; se seus atos e fatos de sua vida são os mesmos de diversos deuses de vários povos, só mesmo a fé e a falta de análise dos fatos leva uma pessoa a continuar acreditando que existiu um homem que ressuscitava mortos, dava aos aleijados a normalidade física, dava visão aos cegos, e mandava um ser sobrenatural sair do corpo de um louco e o louco passava a ter uma mente normal.

 

Ver mais em A ORIGEM DO CRISTIANISMO

e

O PROTÓTIPO DE JESUS CRISTO, OU OS PRÓTIPOS DE JESUS

 

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