O DOMINGO DE PÁSCOA E A RESSURREIÇÃO

 

 

"Era o dia da preparação, e ia começar o sábado. E as mulheres que tinham vindo com ele da Galiléia, seguindo a José, viram o sepulcro, e como o corpo foi ali depositado. Então voltaram e prepararam especiarias e ungüentos. E no sábado repousaram, conforme o mandamento (Lucas, 23: 54-56).  Mas passado o sábado, um outro estranho acontecimento é relatado: a ressurreição do homem crucificado.   Mas quem foram as testemunhas da ressurreição?  Uma mulher? Duas mulheres? Um homem?  Para quem apareceu um anjo? Ou foram dois anjos?  E Jesus?  Estava no local, ou não estava?  Todas essas afirmações tão contraditórias fazem parte da chamada 'verdade'. 

 

Ressurreição era uma crença incorporada pelos judeus quando viveram entre os babilônios e persas. Imaginavam que um dia, depois que fosse estabelecido o reino eterno dos judeus, isso iria acontecer com toda sua população.  Já os criadores do cristianismo falaram sobre a ressurreição do seu líder executado. Todavia, ninguém dos que registravam os fatos da época nada ouviu dizer sobre ocorrência de ressurreição.  Nem sequer a existência de um povo que falasse que seu líder tivesse ressuscitado, nem isso chegou ao conhecimento dos escritores daqueles dias; razão por que os analistas atuais da história são mais propensos a acreditar que o episódio da ressurreição só foi criado muitas décadas depois daqueles dias.

 

Vejamos como a ressurreição foi contada pelos evangelhos:

 

A RESSURREIÇÃO SEGUNDO MARCOS

“Ora, passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro muito cedo, ao levantar do sol. E diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?
Mas, levantando os olhos, notaram que a pedra, que era muito grande, já estava revolvida; e entrando no sepulcro, viram um moço sentado à direita, vestido de alvo manto; e ficaram atemorizadas.
Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o nazareno, que foi crucificado; ele ressurgiu; não está aqui; eis o lugar onde o puseram” (Marcos, 16: 1-5).


A RESSURREIÇÃO SEGUNDO JOÃO

“No primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra fora removida do sepulcro. Correu, pois, e foi ter com Simão Pedro, e o outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram.

 
Saíram então Pedro e o outro discípulo e foram ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais ligeiro do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro; e, abaixando-se viu os panos de linho ali deixados, todavia não entrou. Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro e viu os panos de linho ali deixados, e que o lenço, que estivera sobre a cabeça de Jesus, não estava com os panos, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu e creu. Porque ainda não entendiam a escritura, que era necessário que ele ressurgisse dentre os mortos.


Tornaram, pois, os discípulos para casa. Maria, porém, estava em pé, diante do sepulcro, a chorar. Enquanto chorava, abaixou-se a olhar para dentro do sepulcro, e viu dois anjos vestidos de branco sentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. E perguntaram-lhe eles: Mulher, por que choras? Respondeu-lhes: Porque tiraram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. Ao dizer isso, voltou-se para trás, e viu a Jesus ali em pé, mas não sabia que era Jesus.
Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, julgando que fosse o jardineiro, respondeu-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, virando-se, disse-lhe em hebraico: Raboni! - que quer dizer, Mestre” (João, 20: 1-16).

A RESSURREIÇÃO SEGUNDO LUCAS


“Mas já no primeiro dia da semana, bem de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. E acharam a pedra revolvida do sepulcro. Entrando, porém, não acharam o corpo do Senhor Jesus.


E, estando elas perplexas a esse respeito, eis que lhes apareceram dois varões em vestes resplandecentes; e ficando elas atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui, mas ressurgiu. Lembrai-vos de como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Importa que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressurja.


Lembraram-se, então, das suas palavras; e, voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os demais. E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago; também as outras que estavam com elas relataram estas coisas aos apóstolos. E pareceram-lhes como um delírio as palavras das mulheres e não lhes deram crédito. (Lucas, 24: 1-10).

QUEM TERIA DITO A VERDADE?

Quem foi ao sepulcro? Maria Madalena sozinha? (João, 20: 1)
Ou ela e Maria mãe de Tiago (Marcos, 16: 1)? Ou elas e Joana (Lucas, 24: 10)?

Maria Chegou, ou Marias chegaram ao sepulcro ao levantar o sol (Marcos, 16: 1), ou
de madrugada, sendo ainda escuro (João, 20: 1).

Quantos anjos ela ou elas encontraram?

Um (Marcos, 16: 5),
ou dois (Lucas, 24: 4)?

Elas foram informadas da ressurreição ao chegar ao sepulcro (Marcos, 16: 6),
ou só depois que vieram Pedro e outro discípulo (João, 20: 1-14)?

Jesus não estava mais no local (Lucas, 24: 6),
ou estava lá (João, 20: 14)?

As mulheres contaram o que viram aos onze apóstolos (Lucas, 24: 1-10) ou apenas Maria Madalena foi ao sepulcro e contou a Pedro e outro discípulo (João, 20: 1-16)?

 

Os discípulos creram na ressurreição ao ver os lençóis sem o corpo no sepulcro (João, 20: 6-8),
ou receberam as informações das mulheres e ainda não creram (Lucas, 24: 10, 11)?

Se um evangelista disse a verdade, outros dois deram algumas informações falsasSe dois não disseram a verdade, não se pode garantir que um tenha dito.  E esse monte de contradições ocorreu entre apenas três dos quatro evangelhos escolhidos.  Agora imagine se fôssemos reunir todos os evangelhos, que são próximo de cem! Não precisamos de maior evidência para entender que essa ressurreição não é mais real do que os contos sobre os deuses dos gregos, romanos, fenícios ou outros.

 

 

Vejam uma ridícula tentativa de eliminar as contradições.

 

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