"Uma natureza
tão perfeita, tão harmoniosa, só pode ser obra de um deus criador perfeito",
dizem os religiosos. Mas a harmonia da natureza não condiz com um deus que
dizem que "é amor".
Quando vemos abelhas, borboletas,
passarinhos, etc. alimentando-se do néctar de belas flores, parece mesmo
maravilhoso. Mas, e se pensarmos no destino desses lindos seres?
Aquela bela borboleta que enfeita a
paisagem foi criada por um um deus perfeito e bom para ser
despedaçada pelo bico de um passarinho?! Você gostaria de criar
filhos para alimentar feras?
Os belos passarinhos que vemos voando
e cantando nessa natureza harmoniosa, dizem os cristãos que deus os alimenta.
E o fim deles? Eles também são devorados tão logo começam a perder aquele
vigor da juventude. Foi um deus bom que os criou para morrer assim?
Você já viu aquelas belas gazelas que
vivem correndo nos campos africanos? Lindos
animaizinhos que um deus bom criou para morrerem rasgados pelos dentes dos
leões, leopardos, hienas, etc.! E até os poderosos leões, quando
envelhecem, são devorados por outros predadores.
Nós, eles dizem que todo o nosso
sofrimento decorre do pecado dos nossos primeiros pais. Está aí a
estranha justiça divina: vingar nos filhos os erros dos pais. Será que o
primeiro casal de passarinhos também comeu uma maçã proibida?
Sabemos que milhões de espécies já
foram extintas. Será que o deus perfeito e justo se arrependeu de
tê-las feito e as extinguiu? Ou esses seres foram incapazes de vencer os
obstáculos que encontraram pela frente?
A harmonia da natureza se sujeita a
uma guerra biológica em que todas as espécies lutam pela sobrevivência, e muitas
delas perdem a luta. E, individualmente, cada ser vivo, por mais
apto que seja, um dia sucumbe diante dos micróbios. E,
grotescamente, uma grande maioria dos seres humanos, que se consideram os mais
inteligentes, ainda quer nos convencer de que há um deus perfeito, justo e bom
cuidando da natureza!