OS MALES DA RELIGIÃO DEVEM SER PREVENIDOS

- 13/07/2008 -

 

A religião pode, em muitos casos, trazer benefícios psicológicos; entretanto, o que a maioria não percebe é que as crenças religiosas ocasionam mais prejuízos do que benefícios à sociedade humana. Torna-se, pois, necessários prevenirmos.

Acreditar em uma vida feliz depois da morte é algo que favorece a disposição de muitas pessoas para suportar as agruras da vida real. Entretanto, pouco passa disso. O comportamento do religioso sofre algumas moderações, mas não vai muito além do que é regulado pelo sistema jurídico. A idéia de que há um juiz que vê tudo a todo tempo não tem um poder tão grande quanto se pensa, haja vista os procedimentos ilegais ou imorais praticados freqüentemente por religiosos que, volta e meia, afloram por toda parte, atos esses que, trazidos a lume, são sempre atribuídos a tentações do Diabo, o lado maligno do sobrenatural.

Como a religião tende, via de regra, a conservar os pensamentos retrógrados formados nas sociedades mais primevas, relutando em acatar os esclarecimentos modernos que vão de encontro às idéias tidas como de procedência divina, enormes têm sido os obstáculos ao avanço científico, com conseqüências assaz negativas para a humanidade.

O filósofo Renné Descartes, por influência do pensamento religioso, chegou ao absurdo de imaginar que um animal irracional fosse insensível à dor, uma vez que não teria alma, atributo exclusivo do ser humano. Qualquer pessoa normal perceberia naturalmente, pela observação simples das reações do animal, a irracionalidade de tal pensamento. No entanto, uma pessoa de intelecto privilegiado foi levada a essa imbecilidade, argumentando contra as evidências, com fundamento em crença oriunda do pensamento mais primitivo.

Madre Tereza de Calcutá, tida como uma pessoa boníssima, caridosa, etc., também se deixou levar pelo pensamento primevo ao disparate: “A AIDS é uma justa retribuição à promiscuidade sexual”. O que dizer das pessoas que contraíram o vírus da AIDS através de uma transfusão de sangue? Que prova ou indício há de que o vírus faça escolha entre culpado ou inocente? A crença cega o entendimento.

Giordano Bruno foi assassinado em uma fogueira, e Galileu Galilei foi forçado a uma retratação pública, ambos por terem cometido o pecado de afirmar uma realidade hoje inconteste. Negar que a Terra fosse o centro do Universo contrariava as ‘verdades’ divinas.

Hoje, não obstante todos os avanços científicos que lançam por terra o que se tem por verdade dita por um deus, autoridades políticas americanas, em nome das ‘verdades’ divinas, tentam proibir ensino científico em escolas em várias Estados daquele país. E, no Brasil, as pesquisas com células-tronco têm sofrido graves entraves também pela influência divina no pensamento de diversos parlamentares.

Finalmente, mais grave é o fato de ainda se formarem exércitos de terroristas dispostos a se espedaçarem em nome do que acreditam ser vontade divina, contando com a promessa de um paraíso pós-morte.

Se a fé leva à luta contra a ciência, a argumentos estúpidos, à imposição de comportamentos e perseguição aos que não creem e ao terrorismo, não podemos descartar o risco de voltarmos a ser subjugados pelo pensamento primitivo e submetidos a um comando estatal teocrático. A única forma de evitarmos esse retorno da barbárie divina é esclarecer a sociedade sobre os equívocos humanos do passado que resistem ao conhecimento moderno em detrimento da humanidade e da liberdade de pensamento.

 

 

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