AS MULHERES E O CIGARRO -- 15/07/2001

 

“O que é, o que é: envelhece, rouba o fôlego, cheira mal, mas ... é tão difícil de largar?” Esta é a pergunta da Revista Cláudia de julho de 1994, pág. 88. Em seguida, adverte: “Se o risco de câncer, enfisema, bronquite, etc. não convence você a parar de fumar, que tal fazer as contas? Saiba que todo o seu investimento em cremes, ginástica e sedutores perfumes perdem 90% da eficiência por conta do cigarro.” Não obstante isso, ainda é alarmante o número de mulheres que se entregam a esse vício malcheiroso. Mas essa situação tende a mudar.

Mulheres, Cuidado!” É a advertência da Revista SUPERINTERESSANTE. “Mulheres fumantes têm duas vezes mais chances de desenvolver câncer do pulmão do que os homens fumantes. Por quê, não se sabe ainda.” (SUPERINTERESSANTE de janeiro/94, página, 13).

Para as que desejam conservar a beleza por mais tempo, a Revista MOVIMENTO nº 4 DE 93, pág. 12, enumera “o tabagismo” como um dos fatores do “risco de celulite”. “O cigarro é um dos piores inimigos da pele. Além de contribuir para a formação dos radicais livres - que provocam o envelhecimento da pele - ele também provoca o ressecamento da pele e contribui para as rugas precoces, principalmente na região em torno da boca e olhos.” (Estado de Minas, 05.03.95, pág. 10).

Além do supra-exposto, são as mulheres fumantes as maiores responsáveis pelos danos à posteridade, fato que leva o mundo desenvolvido a legislar em proteção dos indefesos nascituros:

“Na Suécia, por exemplo, não se pode fumar no ambiente de trabalho de uma mulher grávida, mesmo com o consentimento da gestante” (SUPERINTERESSANTE, janeiro/91, pág. 73).

“As mulheres alteram profundamente as condições em que se desenvolve o feto, comprometendo-lhe a saúde. Há algum tempo o livro Fumo ou Saúde, editado por um grupo de médicos paulistas, revelou que a ação de várias substâncias venenosas componentes da fumaça do cigarro prejudica o feto "tendo em vista a facilidade com que ultrapassa a barreira placentária".
Dentre os vários riscos para os filhos de mulheres fumantes, os responsáveis pelo capítulo "Tabagismo e Gravidez", Drs. Geraldo Rodrigues de Lima e Umberto Gazzi Lippi, apontam:

1. Menor aumento de peso gravídico. Mulheres que fumam, com freqüência, se alimentam mal, de onde decorre, também, o baixo peso do nascituro por carência nutritiva.

2. Influência do monóxido de carbono. O monóxido de carbono liga-se à hemoglobina, prejudicando a oxigenação dos tecidos e provocando mesmo a possibilidade de lesão do sistema nervoso central do feto, bem como interfere nos sistemas enzimáticos.

3. Efeitos da nicotina. Exerce sobre o organismo várias ações: provoca taquicardia, hipertensão arterial e vasoconstrição periférica por sintetizar de modo especial a acetilcolina, adrenalina e noradrenalina. A nicotina atravessa a placenta com facilidade e provoca no feto taquicardia logo após a gestante fumar. Dependendo da freqüência de vezes em que a grávida fuma, pode haver lesões orgânicas, tipo esclerose e calcificações.

4.Risco de infecções. O recém-nascido fica sujeito a infecções virais e bacterianas nas primeiras fases da vida considerando que alguns produtos químicos reduzem a imunização da mãe fumante, o que expõe o filho a maiores riscos.
5. Baixo peso. Filhos de fumantes, ao nascer pesam em média 200 gramas menos que os filhos de não fumantes.

6. Recém-nascidos cardiopatas congênitos. Pesquisas demonstram que a incidência de cardiopatia congênita entre filhos de fumantes eleva-se a 7,3 por mil. Entre os não-fumantes o índice é de 4,7 por mil.” (Vida Integral, maio de 1992, pág. 18).

“O fumo é responsável por partos prematuros e abortos instantâneos, além de acelerar ou desenvolver a osteoporose na menopausa”. (Estado de Minas, 5/03/95, pág. 10).

“O cigarro também é radioativo, contém até plutônio e destrói as células germinativas e causa vários defeitos congênitos como: fenda palatal, lábio leporino e outros males” (Jornal de Saúde, novembro/92, pág. 6).

Dada e ocorrência de todos os fatores acima e muito mais, o número de fumantes tem diminuído nestes últimos anos: "Dados da Abifumo (Associação Brasileira das Indústrias do Fumo), noticiados pelo jornal O Estado de São Paulo, em 4 de março de 1993, informam que o consumo de cigarro vem caindo vertiginosamente: foram consumidos 157,9 bilhões de cigarros em 1988, aumentando para l62,7 em 1989 e para 164,l em 1990. Em 1991, caiu esse consumo para 156,4 bilhões de unidades e, em 1992, chegou a descer a 127,8 bilhões". (Jornal de Casa, 1 a 07/06/97, Caderno Corpo e Mente, pág. 9). E, longe daquele glamour que o cigarro tinha nos anos 60 e 70, agora ele está gradativamente passando a ser visto como realmente é: algo malcheiroso, repugnante, extremamente nocivo à saúde, que afasta a maioria das pessoas. O número de mulheres fumantes aumentou muito, mas agora tende a diminuir. 
 

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