PERSEGUIÇÃO ROMANA A CRISTÃOS
PRIMITIVO É UM MITO
Eu já achava um tanto esquisito uma estória de uma ressurreição
evoluir até se tornar uma verdade para a maior parte do mundo e percebia que
determinados fatos mencionados em relação a Jesus não poderiam ser reais.
Ao ler sobre o livro de Candida Moss, mesmo sem conhecer o livro, levando em
consideração todas as informações adquiridas de outras obras, concluí que ela
achou o segredo do Cristianismo. Sua origem nem veio dos judeus, mas é coisa
dos romanos.
Perseguição aos cristãos pelos romanos é mito, afirma livro
O filósofo Friedrich Netzsche escreveu que os cristãos gostam de fazer o papel
de vítimas, de coitadinhos, para tirar proveito disso. É como se eles dissessem
a todo instante: “Somos perseguidos, embora sejamos bonzinhos.”
O livro The Myth of Persecution: How Early Christians Invented a Story of
Martyrdom (“O mito da perseguição: como os primeiros cristãos inventaram uma
história de martírio”, em tradução livre), de Candida Moss, reforça a abordagem
de Nietzsche, pelo menos quanto à suposta perseguição dos cristãos pelos
romanos. Ela é professora de Novo Testamento e de cristianismo primitivo na
Notre Dame, universidade católica dos Estados Unidos.
De acordo com a tradição da Igreja Católica e a crença popular, os primeiros
cristãos foram implacavelmente perseguidos pelo Império Romano e muitos deles,
vivos, serviram de comida de leões, no Coliseu, tornando-se mártires que são
venerados até hoje. Tudo ficção.
A verdade é que até um século depois de o cristianismo se tornar religião
oficial do Império Romano, na época de Constantino, não havia sequer um único
registro de fonte fidedigna de execução de cristão por romano. “Acusações aos
cristãos eram raras”, constatou Candida.
Com certeza, alguns cristãos sentiram o peso da brutalidade romana, como pessoas
de outras crenças, mas não pelo fato de eles acreditarem em uma divindade
chamada Jesus. Foi por algum outro motivo.
Politeístas, os poderosos romanos não se importariam e nem se sentiriam
ameaçados por uma pequena seita cujos seguidores adoravam um único deus. Seita
que era apenas mais uma entre tantas outras. Os cristãos não tiveram na época a
importância a qual hoje afirmam que tiveram.
As histórias sobre a vida e a morte dos mártires se firmam no século II dC como
um novo gênero de ficção. Elas se tornaram muito popular, conta Candida Moss.
Nos relatos, havia muita violência: cristãos sendo pisoteados até a morte ou
decapitados por oficiais romanos.
Alguns historiadores classificam essas histórias como “pornografia sagrada de
crueldade", porque se referiam a homens e mulheres da igreja primitiva os quais
teriam sido submetidos a tortura e sofrimentos de toda ordem por professarem a
fé cristã.
Se essas histórias foram verdadeiras e tão impactantes, como entender a demora
para que viessem à luz tanto tempo depois?
A resposta é simples: elas foram inventadas para reforçar a mitologia cristã
ainda em formação naquela época.
Histórias de martírio foram,
inventadas, afirma autora
Isso não impediu que a partir do século 18 alguns papas declarassem o Coliseu
como local santificado com o sangue de mártires.
A abordagem do livro de Moss retoma uma questão que já tinha sido debatida no
século 18 por Voltaire (1694-1778), entre outros pensadores.
No livro "Tratado sobre a Intolerância", ele disse que as histórias de
perseguição aos cristãos não têm nenhum substância porque os romanos eram
extremamente tolerantes em relação às religiões. Tanto que, entre eles, existia
o princípio Deorum offensae diis curae ("Somente os deuses devem ocupar-se das
ofensas feitas aos deuses").
“Os romanos não professavam todos os cultos, nem dava a todos a sanção pública,
mas permitiam que todos fossem celebrados”, afirmou Voltaire.
O filósofo francês escreveu que, para os romanos, a tolerância religiosa era
tida como a lei mais sagrada dentre os direitos humanos.
“Segundo nos dizem, assim que os cristãos apareceram, eles foram perseguidos por
esses mesmos romanos que não perseguiam ninguém. Parece-me evidente que tais
fatos são totalmente falsos.”
<http://www.paulopes.com.br/2015/08/perseguicao-de-cristaos-pelos-romanos-eh-mito-diz-livro.html>
O único texto da época que a igreja passou a apresentar, já
na Idade Média, falando de cristãos, é um texto de Tácito que fala dos
crestianos, seguidores de Chrestos, um judeu que instigava um grupo a
atacar os romanos, e esses foram mesmo combatido, dado serem arruaceiros.
O que se constata é que copista rasurou o texto,
trocando um "e" por "i", transformando "chrestiani" em "christiani".
Eu já achava um tanto estranha essa história cristã, uma vez que os
escritores que viveram no primeiro século desta era nunca falaram nada a
respeito do cristianismo nem de Jesus. Esse livro só confirma a minha
suspeita. Isso não pode passar de mais uma das invenções da igreja para dar
credibilidade a esse mito.
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ARGUMENTAÇÕES INFUNDADAS