Terceira guerra judaico-romana Data 132–136 (tradicionalmente Tisha B'Av de 135);
Local Província da Judeia
Desfecho: Vitória romana. Romanos escravizaram muitos judeus da Judeia,
massacraram muitos judeus, suprimiram a religião judaica e autoridade política,
baniram os judeus de Jerusalém, e renomearam Judeia para Síria Palestina.
Beligerantes
Império Romano Judeus da Judeia
Comandantes
Adriano
Quinto Tineio Rufo
Sexto Júlio Severo
Publício Marcelo
Tito Hatério Nepos
Quinto Lólio Úrbico
Simão Barcoquebas
Aquiba
Forças
Legio X Fretensis
Legio VI Ferrata
Legio III Gallica
Legio III Cyrenaica
Legio XXII Deiotariana
Legio X Gemina
Total de forças das 12 legiões;
60 000-120 000 300 000 judeus
+ 100 000 milicianos
Baixas
Muitos mortos, Legio XXII Deiotariana destruída (por Dião Cássio). 580 000
judeus mortos (população civil), 50 cidades fortificadas e 985 vilas arrasadas
(por Dião Cássio).
Terceira guerra judaico-romana, também chamada de Revolta de Barcoquebas
(Bar Kokhba), foi uma rebelião de judeus contra o Império Romano, que explodiu
na Judeia, em 132. Para os historiadores que não incluem a Guerra de Kitos entre
as guerras judaico-romanas, esta teria sido a segunda guerra dos judeus contra o
domínio romano.
Origens
Há muita incerteza acerca da causa imediata dessa revolta, pois dela só
possuímos documentação esparsa e não-contemporânea (Dião Cássio[1] e
Eusébio),[2] além de algumas descobertas arqueológicas nas grutas dos desertos
da Judeia.
O que se sabe é que ela ocorreu após a viagem do imperador Adriano, pelo
Oriente, entre os anos 130 e 131, ocasião em que ele deixou claro seu propósito
de revitalizar o helenismo enquanto esteio cultural do Império Romano, naquela
região. Entre seus planos estava a reconstrução de Jerusalém como uma cidade
helenística e onde, sobre o monte do templo, seria erguido um santuário dedicado
a Júpiter Capitolino, decisão que feriu os sentimentos religiosos dos judeus.
Este parece ter sido o estopim da revolta na Judeia,[nt 1] embora Dião Cássio
afirme que ela já vinha sendo preparada, a partir das comunidades da Diáspora,
desde o levante de 115 (Segunda guerra judaico-romana).
A revolta
Quando a revolta começou, os romanos foram apanhados de surpresa. Grupos de
judeus armados emboscaram coortes da Legio X Fretensis, infligindo-lhes pesadas
perdas. Ato contínuo, a fortaleza romana em Cesareia foi atacada e parcialmente
destruída.
Como um rastilho de pólvora, a revolta se espalhou por toda a província, com os
rebeldes fabricando e reunindo armas, e fortificando cidades.
O legado imperial, Quinto Tineio Rufo, que governava a Judeia, mostrou-se
incapaz de sufocar o levante, e mesmo quando o governador da província romana da
Síria, Publício Marcelo, recebeu ordens para ajudá-lo, e deslocou a Legio II
Traiana Fortis e a Legio VI Ferrata para a Judeia, não foi possível impedir que
os amotinados tomassem Jerusalém.
Filho da Estrela
A essa altura, evidenciou-se, entre os combatentes judeus, a liderança de um
jovem comandante, Simão bar Coziba, em quem o
rabino Aquiba reconheceu o "Mashiach" (Messias) davídico, aguardado
ansiosamente, e lhe trocou o nome para "Barcoquebas" (filho da estrela).
À frente de seus comandados, Simão entrou em Jerusalém, foi saudado como
"Príncipe de Israel", e proclamou a independência do estado judeu. Moedas
foram cunhadas com os dizeres "Primeiro ano da libertação de Jerusalém" e
"Primeiro ano da redenção de Israel".
Pelas cartas e outros vestígios arqueológicos descobertos nos desertos a oeste
do mar Morto, tem-se uma ideia do tipo de guerra que os rebeldes empreenderam
contra os romanos, atuando em pequenos grupos, atacando o inimigo de emboscada e
refugiando-se em cavernas. "Em cada penhasco, em cada rochedo, ocultava-se um
guerrilheiro judeu, impiedoso e desesperado, que não tinha nem esperava
misericórdia".[3] Comunidades de gentios desprotegidos, tais como os
descendentes dos veteranos da Legio XV Apollinaris, que se tinham estabelecido
em Emaús, em 71, foram atacadas e dizimadas sem piedade. Por cerca de três anos
e meio, esses guerrilheiros atacaram os romanos — legionários e civis.
Essas cartas também mostram o controle que Simão exercia sobre o povo das
aldeias: confisco de cereais, recrutamento compulsório e outras medidas
coercitivas.[4] a exemplo das praticadas na primeira guerra judaico-romana.
O rei salvador previsto primeiramente por Miqueias deveria
liberdar os hebreus do império assírio.
Josias, o candidato ao personagem, morreu numa batalha, e os judeus
continuaram passando sob o domínio de vários império: Babilônia,
Medo-Pérsia, Grécia, Síria, Roma, e ainda continuaram
acreditando que teriam um salvador. Depois de destruir o templo
deles provando que o deus deles não era melhor do que os dos romanos, e eles
continuarem inventando messias, a saída dos romanos foi
expulsá-lo da terra que eles acreditavam ter-lhes sido dada por Yavé.
Desfecho do caso: Vitória romana. Romanos escravizaram muitos judeus da Judeia,
massacraram muitos judeus, suprimiram a religião judaica e autoridade política,
baniram os judeus de Jerusalém, e renomearam Judeia para Síria Palestina.
Mas nem isso os fez raciocinar e perceber que, se não veio
esse salvador nos dias da Assíria, a palavra de
Miqueias simplesmente não se cumpriu, e não haverá salvador algum.
E até hoje eles ainda não perceberam isso.