Uma questão que tem intrigado os estudiosos é como um templo de dimensões tão pequenas poderia ter ocupado tanta gente por um período tão longo: cento e oitenta e três mil e trezentas pessoas por sete anos.
“Tinha também Salomão setenta mil que levavam as cargas, e oitenta mil que talhavam pedras nas montanhas, afora os mestres de obra que estavam sobre aquele serviço, três mil e trezentos, os quais davam as ordens aos trabalhadores. (I Reis, 5: 15, 16). “E no undécimo ano, no mês de bul, que é o oitavo mês, se acabou esta casa com todas as suas dependências, e com tudo o que lhe convinha. Assim levou sete anos para edificá-la” (REIS I 6:38)
24.000 supervisores e 6.000 oficiais e juizes foram empregados na obra (I Crônicas, 23:4).
Como, nem os supervisores, nem mesmo os juízes e oficiais seriam capazes de se amontoarem dentro do tal templo, fiz uma análise do caso e cheguei à seguinte conclusão.
Inicialmente, Salomão contratou uma turma de 1785 judeus para construírem o templo. Mas, a construção não ia bem. Aqueles judeus passavam boa parte do dia orando e oferecendo sacrifícios a Yavé, e, no fim do mês, não tinham feito quase nada.
O Sábio Salomão pensou: “desse jeito, eu vou descer ao Sheol sem ver meu templo concluído“. E tomou uma sábia decisão: após uma consulta aos seus juízes, ordenou seus oficiais: “Para que eu não venha a ter aborrecimentos com a Organização Internacional do Trabalho, decapitem esses preguiçosos, lancem os corpos para queimar no Vale Hinon para não ficar vestígios e contratem outra turma.” E assim foi.
No fim do segundo mês, outras decepção: os novos trabalhadores foram como os primeiros, não fizeram quase nada. Salomão, decepcionado, disse aos seus oficiais:
“Podem passar essa turma toda, e agora vamos contratar uns árabes, pois dizem que eles são muito bons construtores“. E assim se fez.
No fim do terceiro mês, os seus supervisores lhe informaram que o pior havia acontecido. Aqueles construtores passavam a maior parte do tempo maquinando como raptar algumas das mil mulheres do rei, e a construção quase não foi para a frente.
Salomão, irritado, ordenou aos seus oficiais:
“Mandem essa turma toda para o paraíso, ou melhor, para o inferno, voltem a contratar outra turma daqui mesmo. O judeus, pelo menos, não têm coragem de conspirar contra mim.” E os árabes também se foram.
E assim, mês a mês, Salomão renovava sua força de trabalho, até que, no final de sete anos, o templo estava na fase final. Então ele despediu aqueles trabalhadores, que estavam muito cansados, e contratou uma turma de 1825 trabalhadores para dar o acabamento e oferecer os sacrifícios de agradecimento a Yavé. Pois tudo que conseguiam fazer, eles imaginavam ter conseguido com a permissão desse deus.
Salomão sacrificou ao Senhor 22.000 bois e 120.000 ovelhas dentro de apenas uma semana (II Crônicas, 7:5). Isto dá mais de 845 animais por hora, mais de 14 por minuto, sem parar durante toda a semana. Esse imoladores, sim! Trabalharam duro para sacrificar a média de um animal a cada 4 segundo!
E, assim, ficou concluído o famoso templo de Salomão, que consumiu 5,8 toneladas de ouro e 52 toneladas de prata (I Crônicas, 22:14) e uma multidão de trabalhadores por tão longo tempo. E Yavé, que era viciado em cheirar fumaça de carne queimada, cheirou tanto, que parece que teve um transtorno psíquico e nunca mais apareceu para seu povo, nem fez mais grandes milagres como nos dias dos patriarcas.