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PESTE BUBÔNICA
Peste bubônica
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Disambig grey.svg Nota: Para a pandemia de peste bubónica ocorrida no fim da
Idade Média, veja Peste negra.
Peste Bubónica
Bubão na coxa de uma pessoa infetada com peste bubónica.
Especialidade Infectologia
Sintomas Febre, dores de cabeça, vómitos, aumento de volume dos gânglios
linfáticos[1][2]
Início habitual 1-7 dias após exposição[1]
Causas Yersinia pestis transmitida por pulgas[1]
Método de diagnóstico Presença da bactéria no sangue, escarro ou gânglios
linfáticos[1]
Tratamento Antibióticos como a estreptomicina, gentamicina ou doxiciclina[3][4]
Frequência 650 casos por ano[1]
Mortes Com tratamento: mortalidade 10%[3]
Classificação e recursos externos
CID-10 A20.0
CID-9 020.0
DiseasesDB 14226
MedlinePlus 000596
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico
Peste bubónica (pt) ou peste bubônica (pt-BR) é um dos três tipos de peste
causada pela bactéria Yersinia pestis.[1] Entre 1 a 7 dias após a exposição à
bactéria começam-se a manifestar sintomas semelhantes aos da gripe,[1] incluindo
febre, dores de cabeça, e vómitos.[1] Os gânglios linfáticos mais próximos do
local onde a bactéria penetrou na pele podem encontrar-se inchados e
dolorosos.[2] Em alguns casos os gânglios inflamados podem abrir-se.[1]
Os três tipos de peste são classificados em função da via de infeção: peste
bubónica, peste septicémica e peste pneumónica.[1] A peste bubónica é
transmitida principalmente por pulgas entre animais de pequeno porte.[1] Pode
também ser o resultado da exposição aos fluidos corporais de um animal infetado
com a peste.[5] Na forma bubónica da peste, as bactérias penetram na pele pela
mordedura da pulga e deslocam-se pelos vasos linfáticos até um gânglio
linfático, fazendo com que inflame.[1] O diagnóstico é confirmado com a deteção
da bactéria no sangue, no escarro ou no líquido dos gânglios linfáticos.[1]
A prevenção consiste em medidas de saúde pública, como não manusear carcaças de
animais em regiões onde a peste é comum.[1] As vacinas não têm demonstrado
utilidade na prevenção da doença.[1] Estão disponíveis vários antibióticos
eficazes para o tratamento de peste bubónica, como a estreptomicina, gentamicina
e doxiciclina.[3][4] Sem tratamento, a doença causa a morte de 30% a 90% das
pessoas infetadas.[1][3] Nos casos em que ocorre, a morte geralmente dá-se no
prazo de dez dias.[6] Com tratamento adequado o risco de morte é de 10%.[3] Em
todo o mundo estão documentados cerca de 650 casos por ano, que resultaram em
cerca de 120 mortes.[1] No século XXI, a doença é mais comum em África.[1]
A primeira grande pandemia de peste bubónica foi a Praga de Justiniano, que se
estima ter morto 25 a 50 milhões de pessoas no século VI.[7] Acredita-se que a
peste bubónica tenha sido a causa da Peste Negra que assolou a Europa, Ásia e
África no século XIV. Estima-se que a Peste Negra tenha resultado na morte de
cerca de 50 milhões de pessoas, entre as quais um número correspondente a 25–60%
da população europeia na época.[1][1][8] Uma vez que a peste matou grande parte
da força de trabalho, a procura de mão de obra fez subir os salários.[8] Alguns
historiadores consideram este evento um momento de viragem no desenvolvimento
económico europeu.[8] A terceira e última grande pandemia de peste surgiu no
século XIX e matou mais de 12 milhões de pessoas na Índia e China.[9][10] O
termo "bubónica" deriva da palavra grega βουβών, que significa "virilha".[11] O
termo "bubão" é usado para se referir aos gânglios linfáticos inchados.[12]
Referências
World Health Organization (novembro de 2014). «Plague Fact sheet N°267».
Consultado em 10 de maio de 2015. Cópia arquivada em 24 de abril de 2015
«Plague Symptoms». 13 de junho de 2012. Consultado em 21 de agosto de 2015.
Cópia arquivada em 19 de agosto de 2015
Prentice MB, Rahalison L (2007). «Plague». Lancet. 369 (9568): 1196–207. PMID
17416264. doi:10.1016/S0140-6736(07)60566-2
«Plague Resources for Clinicians». 13 de junho de 2012. Consultado em 21 de
agosto de 2015. Cópia arquivada em 21 de agosto de 2015
«Plague Ecology and Transmission». 13 de junho de 2012. Consultado em 21 de
agosto de 2015. Cópia arquivada em 22 de agosto de 2015
Keyes, Daniel C. (2005). Medical response to terrorism : preparedness and
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ISBN 9780781749862
McCormick, Michael (2007). «Toward a Molecular History of the Justinian
Pandemic». In: Little, Lester K. Plague and the End of Antiquity: The Pandemic
of 541–750. [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 290–312. ISBN
978-0-521-84639-4
«Plague History». 13 de junho de 2012. Consultado em 21 de agosto de 2015. Cópia
arquivada em 21 de agosto de 2015
Cohn, Samuel K. (2003). The Black Death Transformed: Disease and Culture in
Early Renaissance Europe. [S.l.]: A Hodder Arnold. p. 336. ISBN 0-340-70646-5
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LeRoux, Neil (2007). Martin Luther As Comforter: Writings on Death Volume 133 of
Studies in the History of Christian Traditions. [S.l.]: BRILL. p. 247. ISBN
9789004158801
Edman, Bruce F. Eldridge, John D. (2004). Medical Entomology a Textbook on
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<https://pt.wikipedia.org/wiki/Peste_bub%C3%B4nica>
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