PLÍNIO, O VELHO

 

Caio Plínio Segundo (em latim: Gaius Plinius Secundus; Como, 23 — Estábia, 79), conhecido também como Plínio, o Velho, foi um naturalista romano.[1] Era tio de Plínio, o Jovem.
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Biografia

Escritor, historiador, gramático, administrador e oficial romano. Era filho de um equestre, cavaleiro romano, e da filha do senador Caio Cecílio de "Novum Comum" nascido em Cosme na Cisalpina. Plínio estudou em Roma e ingressou na carreira militar, servindo primeiramente na África e depois assumindo como oficial o comando de uma tropa de cavalaria na Germânia, aos 23 anos. Retornou a Roma para dedicar-se a escrever e estudar Direito. Executou importantes cargos públicos sendo nomeado procurador na Espanha quando Nero ainda era imperador, logo após, no norte da África e na Gália. Era um dos mais ferozes críticos da extravagância, em tudo, desde mesas de uma perna só até usar vários anéis no mesmo dedo.

De todas as suas obras, a única que sobreviveu foi um tratado denominado História Natural, uma imensa compilação composta de 37 volumes, que contém algumas passagens originais sobre o destino do homem na natureza e oferece um excelente panorama da geografia, zoologia e botânica na Antiguidade. Para alguns o maior erudito da história imperial romana e que deixou uma obra considerável e fundamental para o "saber científico" subsequente.
 

Obra

Autor clássico, no ano de 77 escreveu História Natural, um vasto compêndio das ciências antigas distribuído em trinta e sete volumes,[1] dedicado a Tito Flávio, futuro imperador de Roma. Onde citou o conhecimento científico até o começo do cristianismo, com citação sobre 35 000 fatos úteis. Teria selecionado mais de dois mil livros de 146 autores romanos e 327 estrangeiros, inclusive expor as reservas de "aluminita" da Itália.

Dedicada a Tito, a obra revelava elevado grau de conhecimento enciclopédico, num estilo que varia entre a linguagem corrente e um vocabulário aperfeiçoado. Tratou de várias matérias, como geografia, cosmologia, fisiologia animal e vegetal, medicina, história da arte, mineralogia e outras, tentando reunir todo o conhecimento do mundo antigo. Apesar da falta de precisão de alguns dados técnicos e matemáticos, muitas vezes proveniente das próprias fontes que reproduz, a obra é um dos melhores textos da antiguidade e oferece também importantes dados para a história da arte antiga, tratando-se de ourivesaria, escultura, pintura e arquitetura. Suas descrições detalhadas do mundo antigo contribuíram muitas às gerações seguintes.

Talvez o naturalista mais importante da Antiguidade,[1] afirmava que "a diversidade de copistas, e os seus comparativos graus de habilidade, aumentam consideravelmente os riscos de se perder a semelhança com os originais". E explicava que "as ilustrações são propensas ao engano, especialmente quando é necessário um grande número de tintas para imitar a natureza". Por essas razões, recomendava, os autores devem se "limitar a uma descrição verbal" da natureza.


Morte

Plínio era Almirante da frota de Miseno, próximo a Nápoles. Faleceu nesse cargo enquanto, ao tentar observar, como naturalista, a erupção do vulcão Vesúvio em 79,[1] também tentava salvar os habitantes da costa que fugiam.

Residindo a trinta quilômetros de Pompeia, foi surpreendido pela explosão do vulcão, uma vez que, até aquela data, a única coisa que havia registrado sobre o assunto foram as marcas de queimado no topo do Vesúvio. Para saciar a sua curiosidade, mandou preparar um pequeno barco, convocou uma tripulação de nove homens e pouco antes das 5 horas da tarde pôs-se a caminho de Pompeia. Ao se aproximarem da cidade, as altas temperaturas e uma densa nuvem de fumaça fizeram com que o barco se desviasse de seu destino, vindo a aportar na vizinha Estábia. Na manhã do dia 25, antes das 7 horas da manhã, uma nova nuvem atingiu Pompeia. Quem ainda tinha sobrevivido e permanecido no local, acabou sufocado pelos gases.[1]

A nuvem prosseguiu em direção a Estábia. Os moradores perceberam-na atravessando a baía e tentaram fugir, sem sucesso: os gases vulcânicos fizeram centenas de vítimas, entre elas Plínio, o Velho.[1] O que se sabe de sua vida provém de referências de seu sobrinho Plínio, o Moço. Em carta a Tácito, por exemplo, seu sobrinho salientou o caráter heroico da morte do tio, que quando para lá acorreu como comandante da frota em Messina, seu último cargo público, na tentativa de ajudar os sobreviventes de Pompeia, Herculano e Estábia e, ao mesmo tempo, estudar o fenômeno. Seu trabalho foi, a maior fonte de informações sobre a pintura grega, pois em todas as outras escolas artísticas, as descrições são avaliadas pelas pinturas que chegaram até os dias de hoje, opostamente ao que ocorreu com a grega. Exatamente conhecido como o Velho para diferenciá-lo do seu sobrinho de mesmo nome, chamado de o Moço ou o Jovem.
 

Bibliografia
Beard, Mary Ritter (2015). Spqr - Uma História da Roma Antiga. São Paulo: Planeta. ISBN 978-1631492228

Referências
Harris Robert; “Pompei”; pp. 53-80-273 a 275 -293; Arnoldo Mondatori Edit.; Milano; (2003); ISBN:88-04-53362-5.

<https://pt.wikipedia.org/wiki/Pl%C3%ADnio,_o_Velho>

 

Plínio era muito dedicado a tratar dos fenômenos naturais; todavia,  não tomou conhecimento, assim como nenhum outro cientista ou historiador, de um grande terremoto ocorrido no dia da morte de Jesus, nem de um fenômeno cósmico ímpar, o incrível eclipse de três horas sobre toda a terra,  e, o mais curioso, não soube da existência de Jesus, nem de um grupo que tivesse dito que seu líder executado ressuscitara.  

 

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