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RENASCIMENTO
Renascimento, Renascença ou
Renascentismo são os termos usados para identificar o período da história
da Europa aproximadamente entre meados do século XIV e o fim do século XVI.
Os estudiosos, contudo, não chegaram a um consenso sobre essa cronologia,
havendo variações consideráveis nas datas conforme o autor. Apesar das
transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade, economia,
política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para
o capitalismo e significando uma evolução em relação às estruturas medievais, o
termo é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes,
na filosofia e nas ciências.
Chamou-se Renascimento em virtude da intensa revalorização das referências da
Antiguidade Clássica, que nortearam um progressivo abrandamento da influência do
dogmatismo religioso e do misticismo sobre a cultura e a sociedade, com uma
concomitante e crescente valorização da racionalidade, da ciência e da natureza.
Neste processo o ser humano foi revestido de uma nova dignidade e colocado no
centro da Criação, e por isso deu-se à principal corrente de pensamento deste
período o nome de humanismo.
O movimento manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana, tendo como
principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se difundiu para o
resto da península Itálica e depois para praticamente todos os países da Europa
Ocidental, impulsionado pelo desenvolvimento da imprensa e pela circulação de
artistas e obras. A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento
apresentou sua expressão mais típica, porém manifestações renascentistas de
grande importância também ocorreram na Inglaterra, França, Alemanha, Países
Baixos e Península Ibérica. A difusão internacional dos referenciais italianos
produziu em geral uma arte muito diferente dos seus modelos, influenciada por
tradições regionais, que para muitos é melhor definida como um novo estilo, o
Maneirismo. O termo Renascimento foi registrado pela primeira vez por Giorgio
Vasari no século XVI, um historiador que se empenhou em colocar Florença como a
protagonista de todas as inovações mais importantes, e seus escritos exerceram
uma influência decisiva sobre a crítica posterior.
Por muito tempo o período foi visto nos Estados Unidos e Europa como um
movimento homogêneo, coerente e sempre progressivo, como o período mais
interessante e fecundo desde a Antiguidade, e uma de suas fases, a Alta
Renascença, foi consagrada como a apoteose da longa busca anterior pela
expressão mais sublime e pela mais perfeita imitação dos clássicos, e seu legado
artístico foi considerado um insuperável paradigma de qualidade. Porém, estudos
realizados nas últimas décadas têm revisado essas opiniões tradicionais,
considerando-as pouco substanciais ou estereotipadas, e têm visto o período como
muito mais complexo, diversificado, contraditório e imprevisível do que se supôs
ao longo de gerações. O novo consenso que se firmou, porém, reconhece o
Renascimento como um marco importante na história da Europa, como uma fase de
mudanças rápidas e relevantes em muitos domínios, como uma constelação de signos
e símbolos culturais que definiu muito do que a Europa foi até a Revolução
Francesa, e que permanece exercendo larga influência ainda nos dias de hoje, em
muitas partes do mundo, tanto nos círculos acadêmicos como na cultura popular.
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento>
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