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OS FENÔMENOS QUE INSPIRARAM O SOBRENATURAL
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02/03/2003 -
O homem primitivo, vivendo em um mundo cheio de mistérios,
imaginou seres invisíveis, poderosos, como os autores dos fenômenos da natureza.
A esses seres imaginários chamou deuses. Não entendendo a si próprio, aventou a
ideia de que ele próprio era constituído de duas partes, uma material e outra
imaterial. Assim, o homem tornou-se religioso e permanece até hoje.
Enumerei aqui dez dos principais fatores que levaram o homem a criar esse
universo imaginário: O TROVÃO, O RAIO, O ECO, O SONHO, A LOUCURA, O VULCÃO, AS
ENCHENTES DO NILO, MALDIÇÃO DAS MÚMIAS, O ARCO-ÍRIS, as chamadas
LEMBRANÇAS DA MORTE.
O TROVÃO
Quando os outros animais ouvem um
rugido, já imaginam o leão. Entretanto, ao ouvir um trovão, o que lhes vem
à cabeça é a impressão de um animal muito mais poderoso, que eles nunca viram
mas temem. O homem evoluiu com essa impressão na mente. Quando começava um temporal e as descargas elétricas da
atmosfera produziam o trovão, para o homem primitivo era esse ser invisível, ou
seres, que estava
furioso com os homens. Os monoteístas hebreus expressaram esse pensamento em sua
literatura sagrada: “quão
pequeno é o sussurro que dele, ouvimos! Mas o trovão do seu poder, quem o poderá
entender?” (Jó, 26:14).
O RAIO
Junto do trovão, o homem primevo via um raio partir uma
árvore, alguma vez matar uma pessoa. Isso era para ele a ação divina contra o
homem. E essa idéia prevaleceu até quase os nossos dias: “No século 18, a
invenção do pára-raios, por Benjamin Franklin, foi condenada pela Igreja como
invenção do diabo. Sendo o raio expressão da cólera do Senhor, só podia ser
tentação do demo impedir que o castigo divino caísse sobre o mundo. Na França, a
"excomunhão" foi levada a sério: em Saint-Omer, Vissery de Bois foi processado
por heresia, por instalar um pára-raios em sua casa”. (AlmanaqueZAZ).
O ECO
Naqueles tempos misteriosos, quando alguém gritava em determinados
lugares e ouvia o eco do próprio grito, não sabendo que era um reflexo da onda
sonora que ele mesmo produzia, imaginava ser a voz de um dos seres sobrenaturais que existiam
em seu pensamento.
O SONHO
O fenômeno mental do sonho levou o homem pré-histórico a
supor uma existência humana independente do próprio corpo. E, não obstante toda
a evolução em conhecimento psíquico, após tantos milênios essa entidade
imaginária ainda permanece viva na maioria dos cérebros, sendo chamada de alma
ou espírito. Ao sentir-se em lugares distantes, realizando os mais diversos
feitos enquanto permaneciam inertes durante o sono, esses humanos primevos, sem
compreenderem o fenômeno onírico, acreditavam estarem realmente naqueles
lugares. E como eram vistos dormindo em suas cavernas por seus familiares, a
única explicação que encontraram foi a existência de um lado imaterial de cada
pessoa. E esse pensamento ainda se encontra arraigado na mente humana até hoje.
Para entender o quão enganosa é essa idéia, leiam
O VULCÃO
Os vulcões também eram manifestação da fúria dos deuses. Até
na Idade Média, cria-se que os vulcões fossem fogo que os demônios lançavam do
inferno, que acreditavam estar no centro da Terra.
ENCHENTES DO NILO
Os egípcios, não tendo conhecimento de que caíam grandes
chuvas na cabeceira do Nilo, acreditavam que suas cheias se devessem às lágrimas
de Ísis, a deusa que chorava pela morte do amado Osíris.
MALDIÇÃO DAS MÚMIAS
No Egito era costume mumificar as pessoas importantes, e elas
eram postas nos túmulos com objetos de valor. Algumas pessoas que tentavam
furtar tais coisas morriam intoxicadas por um perigoso fungo que se forma no
túmulo. Não tendo conhecimento da vida microscópica, os egípcios imaginavam ser
maldição das múmias.
A LOUCURA
Os distúrbios mentais sempre foram considerados atuação dos
deuses malignos nos humanos. Para os monoteístas, eram possessão de demônios,
anjos caídos. Na Bíblia, os evangelhos apresentam essa idéia. Os evangelista
dizem que Jesus teria curado endemoninhados. Há registros de que na Idade Média,
os loucos eram lançados em fogueiras para se libertarem dos demônios. E, até
hoje, ainda há muitos que crêem assim.
O ARCO-ÍRIS
Ninguém consegue se aproximar do arco-íris. Em um lugar
montanhoso e mais próximo do por do sol, você pode ver o arco-íris chegando ao
pé da montanha. Mas se você for àquele local, você verá o arco em outro lugar
mais adiante. Isso era um mistério que só podia ser atribuído aos deuses. Para o
escritor bíblico, ele é o sinal de um pacto divino: “E disse Deus: Este é o
sinal do pacto que firmo entre mim e vós e todo ser vivente que está convosco,
por gerações perpétuas: O meu arco tenho posto nas nuvens, e ele será por sinal
de haver um pacto entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer
nuvens sobre a terra, e aparecer o arco nas nuvens, então me lembrarei do meu
pacto, que está entre mim e vós e todo ser vivente de toda a carne; e as águas
não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne. O arco estará nas
nuvens, e olharei para ele a fim de me lembrar do pacto perpétuo entre Deus e
todo ser vivente de toda a carne que está sobre a terra. Disse Deus a Noé ainda:
Esse é o sinal do pacto que tenho estabelecido entre mim e toda a carne que está
sobre a terra.” (Gênesis, 9: 17).
Hoje é facilmente explicável. Leia
O ARCO-ÍRIS.
LEMBRANÇAS DA MORTE
“A psicóloga Susan Blackmore explica que "em situações
extremas, milhares de células do cérebro disparam uma seqüência aleatória de
impulsos elétricos e luminosos. Como no córtex visual há uma concentração maior
de células, daí pode vir o efeito de túnel que as pessoas descrevem. É uma luz
muito, muito brilhante, que não fere os olhos; pois não é vista com os olhos; é
um fenômeno interno. Os sentimentos de paz e alegria, ausência de dor, são,
provavelmente, devido a endorfinas, semelhantes a morfina, que o cérebro produz.
Todos os tipos de stress e as quedas de oxigênio e pressão podem provocar uma
enchente de endorfinas; e elas produzem uma sensação maravilhosa". Charles
McCreery, do Instituto de Pesquisas Psicofísicas em Oxford, conseguiu provocar,
em laboratório, experiências fora do corpo. Com técnicas de relaxamento, ele
obteve resultados impressionantes. Uma moça, perfeitamente saudável, contou ter
viajado num túnel, com uma luz brilhante no fim; e um senhor disse ter flutuado
a vinte mil metros de altitude, vendo Oxford lá de cima. "É mais comum do que
se imagina", afirma o Dr. MacCreery, "uma em cada cinco pessoas já teve
uma experiência fora do corpo". Ele chegou à conclusão de que há um tipo de
personalidade predisposto ao fenômeno: Uma espécie de esquisofrenia branda.”
(Globo Repórter, 13 de agosto de 1993).
Esse fenômeno ocorrido com pessoas que chegaram ao limite da
morte sempre reforçou a crença na existência da tal alma imaterial. Para maiores
detalhes, leiam
Quase todos esses fenômenos são vistos por todos os seres vivos. Aí está a razão
de em qualquer parte do mundo as pessoas crerem na existência de deuses e outros
seres sobrenaturais. Quanto mais primitivo um povo, maior a sua religiosidade,
porque menor é a sua capacidade de entender o que vê.
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RELIGIÃO
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