CIGARRO, O ALIADO DE TODOS OS MALES
Há
1,1 bilhão de fumantes no mundo,
segundo a OMS, matando mais que o álcool e drogas ilegais.
O fumo é
o maior responsável pelas faringites, bronquites, falta de apetite, tremores,
perturbações da visão, diversos tipos de câncer, sobretudo do pulmão e doenças
cardiovasculares como a angina do peito e o enfarte do miocárdio.
Além do câncer do pulmão, de que o fumo é maior causador, produz bronquite
crônica, enfisema pulmonar, coronariopatias,
úlceras do
estômago e do duodeno,
câncer da língua, da faringe, do esôfago e da bexiga.
A ação da
nicotina é exercida pelo sistema sobre o sistema parassimpático e simpático e
pela liberação de adrenalina e influi na diminuição do consumo do oxigênio e,
além de prejudicar o organismo em geral, vai diretamente ao cérebro, coração e
circulação.
Apenas
um cigarro é suficiente para contrair todos os vasos sanguíneos do corpo.
E a fumaça de um cigarro, é o bastante para contrair os vasos capilares das
pernas e dos pés.
O fumante sofre, em cada trago, endurecimento das artérias, fazendo o coração
trabalhar mais depressa, enquanto os pulmões absorvem monóxido de carbono,
amônio, ácido carbônico, piridina e substâncias alcatroadas que passam a
circulação do sangue. O monóxido de carbono também
origina
dores de cabeça;
o amônio irrita as narinas e a garganta, a piridina irrita os brônquios e as
substâncias alcatroadas engrossam a língua, sujam os dentes e determinam
câncer na boca e na língua.A nicotina, em si, diminui a vitalidade do
fumante e de seus filhos.
A fumaça do
cigarro provoca uma reação violenta nos centros nervosos, produzindo a
degeneração das células do cérebro.
Uma vez
que o hábito de fumar conduz o viciado a um estado de intoxicação crônica e o
leva a uma dependência física e psíquica, sente o fumante dificuldade em
abandoná-lo.
A nicotina
é um dos venenos mais ativos. A nicotina e o alcatrão deve-se a maior soma de
males acarretada aos fumantes. O fumante médio absorve nos pulmões mais de um
litro de alcatrão por ano.
Os venenos
do fumo agem no organismo pelas vias respiratórias e pelas vias digestivas.
Pelas vias respiratórias, através da traquéia e brônquios, por onde chegam aos
pulmões, onde são absorvidos e conduzidos ao sangue e, por este, a todos os
demais órgãos. A nicotina, por intermédio da circulação, excita as glândulas
supra-renais que segregam mais adrenalina. Conduzida ao sangue, provoca
contração das paredes arteriais, ocasionando espamos das artérias. É assim que o
fumo aumenta a pressão arterial, favorece problemas coronários e
cardiovasculares.
Pelas vias
digestivas, boca, estômago e intestinos, pois que, parte do venenos do fumo
dissolve-se na saliva e é conduzida ao estômago, ocasionando a diminuição da
secreção gástrica, dificultando a digestão, diminuindo o apetite e predispondo o
fumante à úlcera gastroduodenal. Do aparelho digestivo os venenos do fumo são
conduzidos ao sangue e aos diversos tecidos do corpo.
No fígado,
grande parte da nicotina é transformada em ácido úrico, com o que ocasiona o
surgimento do reumatismo e da gota.
Prejuízos
do hábito de fumar:
1-
Entorpecimento mental;
2-
Inflamação do estômago;
3-
Ineficiência física;
4- Tosse;
5- Angina
do peito;
6-
Gangrena;
7- Doações
de Sangue;
8- Visão,
entre outros.
(Fonte:
Como agem as drogas, Gesina L. Longenecker,PH.D. Quark books. Ilustrações de
Nelson W.Hee)
O que está comprovado sobre a fumaça ambiental do tabaco:
- é inalada, absorvida e processada por não-fumantes
- é quimicamente similar a fumaça inalada pelo fumante, e esta é carcinogênica
- contém substâncias que causam câncer
- pode causar câncer e lesões genéticas (que originam câncer) em animais de
laboratório
- está associada a problemas cardíacos
- causa problemas respiratórios em crianças de até 18 meses
- retarda o desenvolvimento fetal
Substâncias da Fumaça do Cigarro
Quando cigarros industrializados ou de fumo-de-rolo, cachimbos e charutos são
acesos, algumas substâncias são inaladas pelo fumante e outras se difundem pelo
ambiente. Essas substâncias são nocivas à saúde.
Todas as formas de uso do tabaco, inclusive os cigarros com mentol, filtros
especiais, com baixos teores (light, exta-light) etc. tem uma composição
semelhante, não havendo, portanto cigarros "saudáveis" ou cachimbos e charutos
que façam menos mal. Isso ocorre porque, mesmo escolhendo produtos com
menores teores de alcatrão e nicotina, os fumantes acabam compensando essa
redução, fumando mais cigarros por dia e tragando mais freqüente ou
profundamente, ou seja, fazendo outras modificações compensatórias em
conseqüência da dependência à nicotina.
A fumaça do cigarro é uma mistura de cerca de 5 mil elementos diferentes. Ela é
formada pelos seguintes componentes:
Nicotina - considerada droga pela OMS. Sua atuação no sistema nervoso central é
como a da cocaína, com uma diferença: chega entre 2 e 4 segundos mais rápido ao
cérebro que a própria cocaína. É uma droga psicoativa, responsável pela
dependência do fumante. É por isso que o tabagismo é
classificado no Código Internacional de Doenças (CID - 10) como grupo dos
transtornos mentais e de comportamento decorrente do uso de substâncias
psicoativas. A nicotina aumenta a liberação de catecolaminas,
acelerando a freqüência cardíaca, com conseqüente vasoconstricção e hipertensão
arterial. Provoca uma maior adesividade plaquetária, e juntamente com o monóxido
de carbono leva à arterosclerose. Contribui assim para o surgimento de doenças
cardiovasculares. No aparelho gastrointestinal, a nicotina estimula a produção
de ácido clorídrico, podendo levar ao aparecimento de úlcera gástrica. Também
estimula o sistema parassimpático, o que pode causar diarréia. A nicotina libera
substâncias quimiotáxicas, que vão atrair para o pulmão os leucócitos
neutrófilos polimorfonucleares, a maior fonte de elastase, que destrói a
elastina e provoca o enfisema pulmonar (Orleans e Slade, 1993; Rosemberg, 1996).
Monóxido de Carbono (CO) - tem afinidade com a hemoglobina (HB) contida nos
glóbulos vermelhos do sangue, que transportam oxigênio para os tecidos de todos
os órgãos do corpo. A ligação do monóxido de carbono com a hemoglobina forma o
composto chamado carboxihemoglobina, que dificulta a oxigenação do sangue,
privando alguns órgãos do oxigênio e causando doenças como a arterosclerose.
Alcatrão - composto de mais de 40 substâncias comprovadamente carcinogênicas que
incluem o arsênico, níquel, benzopireno e cádmio. Carcinogênicas são substâncias
que provocam câncer como resíduos de agrotóxicos nos produtos agrícolas, como o
DDT, e até substâncias radioativas, como é o caso do polônio 210.
Vale ressaltar que as substâncias da fumaça do cigarro tem efeitos sobre a saúde
do fumante, mas também sobre a saúde do não-fumante, exposto à poluição do
ambiente causada pelo cigarro.
Cigarros de Baixos Teores
O modo de fumar é determinado pela necessidade do fumante em consumir nicotina
(que lhe traz a sensação de satisfação). Os fumantes utilizam artifícios para
alcançar tal sensação ao fumarem cigarros com teores baixos, dando tragadas mais
profundas. Assim, aumentam o número de tragadas por cigarros, aumentam o número
de cigarros fumados e bloqueiam os orifícios de ventilação dos filtros para
aumentar a concentração de fumaça inalada durante a tragada.
Esses artifícios são conhecidos como compensação e tem sido, extensivamente,
documentados na literatura científica, sendo bem conhecidos da indústria do
tabaco há mais de 20 anos. Testes demonstram que, em "condições de fumo
realísticas", existe uma diferença muito pequena entre os cigarros denominados
"light" e os comuns. Na verdade, eles podem até produzir quantidades maiores de
alcatrão, nicotina e monóxido que os cigarros tradicionais testados.
Um estudo realizado na Inglaterra por Kozlwski et al. (1999) demonstrou que 58%
dos filtros de cigarros examinados apresentavam sinais de bloqueio significativo
e 19% sinais de bloqueio total. A partir dos resultados de uma pesquisa
realizada em 1998, a ASH e The Observer mostraram que os cigarros com baixos
teores podem propiciar os mesmos mecanismos compensatórios antes citados.
Por mais que a indústria do fumo afirme que realiza pesquisas visando ao
desenvolvimento de produtos alternativos, na verdade, ela estuda produtos e
formas de distribuir a nicotina em dispositivos que contenham menos teor de
determinadas substâncias, como o alcatrão, por exemplo, e mantendo a nicotina,
que causa a dependência.
(Jornal Ação - APOT)
Lutando contra o cigarro
Muitos tabagistas tentam parar de fumar sozinhos. A seguir algumas dicas
possíveis de ser aplicada por qualquer pessoa para que seja obtido um melhor
resultado. São para dificultar o gesto automático de fumar, tornando-o
consciente:
1. Ter certeza de que quer fumar e não simplesmente acender um cigarro
automaticamente, ou seja, pensar muito bem se de fato precisa fumar ou se pode
deixar para mais tarde.
2. Parar de comprar cigarros.
3. Não comprar um maço de modo algum enquanto não acabar o último cigarro, mesmo
que seja na boca da noite ou na véspera de uma viagem.
4. Quando não tiver cigarro, ter o brio de não ficar catando bitucas.
5. Não ter fósforo, isqueiro, fogo por perto.
6. Desfazer-se do isqueiro. O "som"(ruído) característico obtido ao se abrir um
determinado isqueiro também pode ser prazeroso.
7. Jogar cinzeiro fora para dificultar o trabalho na hora de bater as cinzas em
lugar adequado.
8. Colocar o maço de cigarros num lugar que lhe dê trabalho quando for pegá-lo;
não andar com o maço no bolso nem deixá-lo na cabeceira, na escrivaninha, etc.
9. Se possível, colocar o maço em outro ambiente.
10. Não acender o cigarro somente porque você ficou com vontade ao ver alguém
acendendo ou fumando um.
11. Demorar o máximo possível com o cigarro na mão antes de acendê-lo.
12. Dar no máximo três tragadas de cada cigarro, mesmo que o jogue fora quase
inteiro (nicotina a menos).
13. Envergonhar-se de fumar.
14. Questionar se vale a pena fumar, mesmo que corra
o risco de morrer como aquele parente que teve dores, permaneceu acamado,
emagreceu, fez radioterapia, ficou feio, fez a família sofrer, gastou o que
tinham e... acabou falecendo.
15. Lembrar que nas escolas o cigarro é proibido pela Lei 9760/97.
Se essa luta íntima contra o cigarro não der certo, ainda há muitas
esperanças de cura para esse vício. Psicoterapias, grupos de auto-ajuda e
recursos médicos, como nicotina em adesivos e antidepressivos, são os meios mais
eficazes.
(Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição)
Dez razões para parar de fumar
1 - Após 6 horas sem fumar, a pressão e o coração se normalizam. Após 30 dias,
estão completamente normais
2 - Após 1 dia sem cigarro, o pulmão funciona melhor
3 - Após 2 dias sem fumar, o olfato e o paladar sofrem uma significativa melhora
4 - Após 3 semanas, os exercícios físicos ficam mais fáceis de serem executados
5 - A circulação sanguínea melhora após 2 meses sem cigarro
6 - Após 3 meses, o número de espermatozóides normaliza e há um significativo
aumento em sua qualidade
7 - Após 1 ano o risco de problemas cardíacos está reduzido
8 - Após 5 anos sem fumar, o risco de problemas no coração são iguais aos de uma
pessoa que nunca tenha fumado
9 - Dentes, mãos e pele clareiam após o término do vício
10 - Aumento da qualidade de vida, disposição e humor
(Revista Cyber Mondo Ciência e Tecnologia - Ano1
nº2)
Fumo e doenças
cardiovasculares
- Fumar aumenta o risco de doenças coronárias como angina no peito e infarto do
miocárdio
- Triplica o risco de morte por infarto em homens com menos de 55 anos
- Aumenta em 10 vezes o risco de tromboembolia venosa e infarto em mulheres que
tomam anticoncepcionais orais
- Aumenta o risco de insuficiência vascular periférica, causando má circulação
nas pernas e impotência sexual
Fumo e doenças
neurovasculares
- Fumar triplica o risco de derrame cerebral (acidente vascular cerebral - AVC)
Fumo e câncer
O cigarro contém mais de 40 substâncias cancerígenas que aumentam o risco de
câncer na:
- boca, faringe, laringe e traquéia;
- pulmões - risco 12 a 20 vezes maior;
- esôfago, estômago;
- rins, bexiga, colo do útero, etc.
Fumo e doenças respiratórias
Fumar aumenta a queda da capacidade respiratória com a idade e aumenta o risco
de problemas respiratórios como:
- tosse, chiado e falta de ar;
- bronquite crônica e enfisema;
- causa 90% da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e aumenta seu risco em
10 vezes; é o principal fator da doença;
- laringite (rouquidão);
- infecções das vias respiratórias;
- crise de asma.
Fumo e pele
Fumar eleva o risco de rugas prematuras e de
celulite e interfere na cicatrização de feridas cirúrgicas.
Fumo e gravidez
Fumar aumenta o risco de infertilidade e de complicações da gravidez.
A gestante fumante tem maior chance de abortar, de ter filho prematuro, de baixo
peso e de morte do filho no período perinatal.
Fumar reduz a expectativa de vida
A chance de viver até os 73 anos é de 42% em fumantes e 78% em não-fumantes
Fumar prejudica
o tratamento de doenças
Como gastrite, úlcera péptica, esofagite de refluxo, angina, insuficiência
cardíaca, bronquite, enfisema e asma
Fumar aumenta as
complicações pós-operatórias
Especialmente em idosos, obesos e pacientes em tratamento de doenças cardíacas
ou respiratórias
Fumo Passivo
As pessoas que estão próximas dos fumantes, especialmente em ambientes fechados,
inalam mais de 400 substâncias que podem prejudicar a saúde.
O fumante passivo tem maior risco de câncer de pulmão e infarto do miocárdio.
As crianças que convivem com pais fumantes têm maior risco de infecções
respiratórias, bronquiolites, asma, otites e infecções de garganta
(amigdalites).
Cigarro e Gravidez: Parceria Perigosa
As mulheres têm um motivo a mais para deixar de fumar: durante a gravidez, esse
hábito pode fazer imenso mal ao feto. Quando a mãe fuma durante a gestação, o
bebê recebe as substâncias tóxicas do cigarro por meio da placenta. A nicotina
provoca o aumento do batimento cardíaco do feto, e a criança pode nascer com
peso reduzido, menor estatura e alterações neurológicas importantes. Isso
sem falar que a gestante tem um risco aumentado de sofrer um aborto espontâneo,
entre outras implicações ao longo dos nove meses. Para piorar o quadro, durante
a amamentação, as substâncias tóxicas continuam sendo transmitidas ao bebê via
leite materno.
Portanto, mulheres, procurem abandonar o cigarro logo agora, porque depois de já
estarem grávidas a luta contra o tabaco fica ainda mais difícil. Porém é
fundamental.
Fonte: Revista Documento Verdade, Ano1, Nº03,
Pg.32. Editora Escala.
Correlatos Psicossociais do Tabagismo
Correlatos Sociais
No mundo desenvolvido, particularmente nos países onde há campanhas/políticas
antifumo bem organizadas, o tabagismo é
estreitamente relacionado com a situação socioeconômica, sendo mais prevalente
entre pobres, trabalhadores braçais semiqualificados, desempregados, indivíduos
com baixos níveis culturais e mães solteiras. Além disso, essa
demarcação entre os grupos sociais está se acentuando:
nas últimas 3 décadas a prevalência do tabagismo caiu
mais de 50% nas classes mais elevadas da sociedade britânica, mas permaneceu
imutável nos grupos mais desvalidos. De modo semelhante, os índices
de cessação do tabagismo no Reino Unido mostram grande relação inversa com a
privação social.
Correlatos Psiquiátricos
A depressão é um fator importante de risco de dependência de nicotina. Nos
fumantes é maior a prevalência de história de
depressão significativa e, nesses casos, a probabilidade de cessação
do tabagismo é menor do que nos indivíduos sem história de depressão. Sugeriu-se
que a associação entre depressão e tabagismo pode ser devida a uma predisposição
genética comum às duas doenças. Outros fatores de risco da dependência de
nicotina incluem esquizofrenia (70 a 90% dos esquizofrênicos são
fumantes) e abuso de múltiplas drogas, particularmente álcool, cocaína e
heroína.
Assim, é provável
que a maioria que continua fumando é composta por aqueles com problemas
psiquiátricos ou sociais. Além disso, é provável que esses fumantes sejam mais
dependentes do tabaco e menos interessados em abandoná-lo. (Fonte:
NÃO ÀS DROGAS)
É simples
entender por que o cigarro está associado a todos os males do organismo
humano. Por ter um efeito desastroso sobre a circulação sangüínea - todo o
corpo depende do sangue - e enfraquecer o sistema imunológico, todas as doenças
encontram campo fértil, inclusive as viróticas e bacterianas.
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