DROGAS SAGRADAS

 

Até que ponto chegará a influência da religião?  Ainda no século XXI, o caráter sagrado das drogas predominando sobre a realidade de seus efeitos nocivos!

 

"A encruzilhada do Daime - parte 1

O governo legaliza o uso religioso do chá alucinógeno, mas peca ao deixar que mortes ocorram e ao abrir uma brecha jurídica que pode estimular o tráfico

Hélio Gomes

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Alucinógeno
O chá ayahuasca é parte dos rituais de várias religiões nativas brasileiras

Tudo começou no início do século passado, no coração da Amazônia. Caboclos nordestinos atraídos pela extração da borracha mergulharam na cultura secular dos povos da floresta, inevitavelmente absorvendo muito de sua essência. Logo nasceram as chamadas religiões ayahuasqueiras, grupos em sua maioria cristãos que incorporaram o consumo de um chá alucinógeno utilizado pelos indígenas em seus rituais. Hoje, essas mesmas seitas estão no centro de uma polêmica que envolve questões delicadas e perigosas, como o respeito à liberdade de crença, tráfico de drogas e morte.

No dia 25 de janeiro, em resolução publicada no “Diário Oficial da União”, o governo brasileiro oficializou o uso religioso do chá ayahuasca – também conhecido como daime, hoasca e vegetal. Sem força de lei, o texto, formulado depois de décadas de negociações e estudos realizados pelos órgãos de combate às drogas, define as responsabilidades das religiões institucionalizadas e garante o direito de consumo do alucinógeno a adultos, mulheres grávidas, jovens e até crianças durante os rituais. Por outro lado, ele veta a comercialização e a propaganda do composto feito a partir do cipó mariri e das folhas da erva chacrona, além de sugerir que qualquer tentativa de turismo motivado pelo chá seja coibida.

 

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Personagens
Flávio Mesquita da Silva, presidente da União do Vegetal. Acima, a oferta do daime na web para fins recreativos.
Abaixo, Fernando Tavares, morto depois de tomar o chá

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A decisão do governo repercutiu com força. Políticos como Eduardo Suplicy e Fernando Gabeira, por exemplo, defendem a medida. “A resolução é o reconhecimento de uma religião autenticamente brasileira”, diz Suplicy. Por outro lado, outras vozes levantaram a hipótese de que a liberação do daime poderia abrir o perigosíssimo precedente para a criação de religiões que incorporem drogas como a cocaína e a maconha em seus rituais. E ainda há quem considere o trabalho desenvolvido pela comissão multidisciplinar – composta por médicos, juristas, psicólogos e membros de religiões como Santo Daime, Barquinha e União do Vegetal, entre outros especialistas – do Conad (Conselho Nacional Antidrogas) um exemplo de respeito aos direitos individuais a ser exportado para o mundo. Porém, o noticiário indica outra direção.

No penúltimo final de semana, Alexandre Viana da Silva, 18 anos, morreu afogado em um lago em Ananindeua (PA), depois de tomar o chá em um culto independente. Claro que não é possível afirmar que o alucinógeno levou o rapaz, que não sabia nadar, a enfrentar uma situação de risco sem medir as consequências. Mas a hipótese não pode ser ignorada.

 

ALUCINAÇÕES SAGRADAS
Várias religiões, espalhadas por todo o mundo, incorporam alucinógenos em seus rituais

Xamanismo
os pajés mexicanos utilizam 'cogumelos mágicos' (Psilocybe mexicana) e os índios e caboclos
brasileiros, o vinho de jurema (Mimosa hostilis), para executar o ritual de transformação anímica. Na América Centra, os religiosos usam a mescalina do cato peiote (Lophphora williamsii)

Cultos afro-americanos
O vodu haitiano utiliza chás da polpa do cato peiote para o desdobramento da personalidade. No candomblé e na umbanda, o fumo e a cachaça são utilizados pelos médiuns que incorporam as entidades para obter energia do tabaco e do
álcool na realização dos trabalhos

Seitas ney age
O psicólogo americano Timothy Leary, fundador da Liga da Descoberta Espiritual, em 1965, defendia o LSD como um sacramento religioso. O psiquiatra Walter Pahnke incentivava o uso de psicodélicos
por estudantes de teologia da Universidade de Boston e budistas ocidentais

Rastafarismo
O movimento religioso jamaicano defende o uso da maconha (Cannabis satita) nso sacramentos. A 'erva sagrada' teria sido encontrada no túmulo do rei Salomão e é fumada para facilitar a percepção da verdade nos mínimos detalhes

Outra história contundente é a de Fernando Henrique Queiroz Tavares. Aos 15 anos, ele era usuário regular de haxixe, LSD e ecstasy. Depois de muito sofrimento, encontrou ajuda na chácara Céu de Krishna, sede da seita Encantamento dos Sonhos, localizada na região metropolitana de Goiânia (GO). Lá, participou de rituais que envolviam o consumo de ayahuasca durante três anos. “Ele deixou o vício, voltou à escola e até parou de sair à noite”, diz sua mãe, Neila Maria Queiroz. Ela foi duas vezes até a chácara. Na primeira, para assistir a uma das cerimônias. Depois, para alertar a todos que Fernando Henrique sofria da síndrome de Marfan, enfermidade degenerativa do coração.

Por volta das 4h30 da manhã do dia 15 de novembro do ano passado, depois de consumir 150 ml do chá em um intervalo de quatro horas e meia, o rapaz de 18 anos sentiu-se fraco, apresentou dificuldade para respirar e caiu no chão. Segundo seu atestado de óbito, a morte foi causada por um ataque fulminante do coração, com rompimento da artéria aorta. Apesar de o laudo oficial com a causa do ataque só ter previsão de publicação daqui a dois meses, o que a ciência já sabe sobre os efeitos da ayahuasca no organismo indica forte possibilidade de relação entre o consumo do chá e o ocorrido. “Estamos realizando análises sofisticadas e fora do padrão. Precisamos de mais tempo”, afirma Rejane Sena Barcelos, diretora do Instituto de Criminalística Leonardo Rodrigues. Segundo o delegado que cuida do caso, Maurício Massanobu Kai, “se o chá facilitou ou potencializou a morte, o responsável pelo ritual responderá por homicídio doloso”. O delegado fala de Marcelo Henrique Ribeiro, líder do ritual Encantamento dos Sonhos. “Foi como perder um filho”, diz Ribeiro.

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Ritos e normas
Acima, culto da igreja Céu da Lua Cheia, em São Paulo.
Abaixo, o presidente do Cefluris, Alex Polari, participa do feitio do daime

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Segundo a nova normatização das regras do uso religioso da ayahuasca, as seitas cadastradas pelos órgãos passam a ser totalmente responsáveis pelo que acontece com seus adeptos durante os rituais. Cabe a elas decidir quem está apto ou não, tanto do ponto de vista médico quanto do psicológico, a tomar o chá. Também não há regras de dosagem: quem serve a bebida decide quanto o usuário deverá ingerir. Por fim, a determinação recomenda que todos os participantes permaneçam nas igrejas até o final dos rituais – e dos efeitos alucinógenos do chá.

Não é preciso dizer que o risco de algo dar errado é alto, o que pode transformar o caso em uma questão de saúde pública. Se alguém que começa a frequentar uma academia de ginástica é obrigado a passar por avaliação médica, o mesmo não deveria ser feito por quem consome um alucinógeno? “Assim como em se tratando de qualquer instituição desportiva, de ensino ou recreativa, quem quer que dê causa, por negligência, imprudência ou imperícia, ao prejuízo alheio responderá civil e criminalmente pelos atos que praticar”, diz Paulo Roberto Yog de Miranda Uchôa, secretário nacional de Políticas sobre Drogas e secretário executivo do Conad.

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Simbolismo
Acima, despacho do daime na igreja Céu da Lua Cheia. Abaixo, detalhe da produção do chá
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O texto publicado no “Diário Oficial” recomenda que as entidades façam uma entrevista com aqueles que forem ingerir o chá pela primeira vez e evitem seu uso por pessoas com transtornos mentais e por usuários de outras drogas. Segundo Enio Staub, secretário do Cefluris – Culto Eclético da Fluente Luz Universal Patrono Sebastião Mota de Melo, que reúne as igrejas conhecidas como Santo Daime –, esse primeiro contato é fundamental. “As pessoas que buscam a ayahuasca devem obter informações da origem dos grupos para verificar sua confiabilidade. Temos essa responsabilidade”, diz.

O Santo Daime ganhou notoriedade nos anos 80, quando chegou aos centros urbanos do Sudeste e do Sul do País. Celebridades como Lucélia Santos e Ney Matogrosso entraram para a seita e o perfil de seus seguidores mudou. Era a vez das classes mais abastadas, universitários e todo tipo de profissional entrarem na história. Paralelamente, a União do Vegetal também cresceu rapidamente. Hoje, segundo dados fornecidos pelas duas instituições, o Santo Daime conta com cinco mil associados e visitantes, enquanto a UDV contabiliza cerca de 15.000 sócios. Ambas estão presentes em países como Estados Unidos, Espanha, Reino Unido e Canadá, nos quais, segundo os religiosos, o chá entra de forma totalmente regular. “Não corremos atrás das pessoas. Elas vêm até nós”, diz Flávio Mesquita da Silva, presidente da União do Vegetal.   http://www.istoe.com.br/reportagens/48304_A+ENCRUZILHADA+DO+DAIME+PARTE+1]

 

A encruzilhada do Daime - parte2

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Mesquita, 54 anos, narra uma história muito parecida com a de inúmeros adeptos do daime. “Consumia todo tipo de droga e bebia muito na adolescência. Conheci a UDV e tudo mudou”, diz. De fato, a promessa da resolução de males como a dependência química e a depressão é um dos maiores chamarizes das seitas. Apesar de a normatização governamental sugerir que o chá não seja usado em conjunto com outras drogas, muitos seguidores fazem isso. A substituição de um vício por outro é altamente condenada pela medicina porque, no fundo, não resolve o problema. Fica a pergunta: o daime é uma droga?

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Polêmica
Acima, crianças participam do feitio do chá em Visconde de Mauá (RJ). Elas
e mulheres grávidas também consomem o alucinógeno durante os rituais

Um dos pilares da argumentação do Conad para a regulamentação do uso religioso da ayahuasca é uma decisão da ONU. “São consideradas drogas ilícitas todas aquelas nas listas de substâncias proibidas das Convenções das Nações Unidas, das quais o Brasil é signatário”, diz Miranda Uchôa, do Conad. De acordo com o texto publicado no “Diário Oficial”, “a decisão da ONU relativa à ayahuasca afirma não ser esta bebida nem as espécies vegetais que a compõem objeto de controle internacional”. Sandro Torres Avelar, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, vê a questão de forma diferente: “O efeito do daime preocupa porque é semelhante ao de drogas proibidas no ordenamento jurídico”, afirma. Infelizmente, uma distorção preocupante do processo já ocorre na internet.

Basta digitar “comprar ayahuasca” no Google para encontrar ofertas de todo tipo. Há quem tente maquiar o comércio usando o modelo das seitas organizadas e peça uma carta do possível comprador na qual ele divida suas angústias e diga por que quer tomar o chá. Depois da análise dos vendedores, sobre a qual não há nenhum controle, o alucinógeno é vendido. Pior: sob os dizeres “Pronto para o consumo e bem concentrado – enviamos para o Brasil e para o mundo”, outra página oferece o litro do chá por R$ 45, mais o Sedex, a quem estiver disposto a pagar por ele. Tráfico puro e simples, portanto, e espiritualidade zero.

A falta de controle do governo preocupa e não para por aí. Além das três religiões institucionalizadas, inúmeros cultos independentes como o frequentado pelo jovem Fernando Henrique, em Goiânia, espalham-se pelo País. Segundo o Conad, cerca de 100 organizações já estão cadastradas. Trata-se de centros espíritas, cultos universalistas e terreiros de umbanda, entre outros, surgidos de dissidências das seitas originais ou que simplesmente incorporaram o uso de ayahuasca em seus ritos.

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“Achei que aquela religião não era para mim quando fui tomar o chá. Agora, vivo feliz”
Carlos Maltz, ex-baterista dos Engenheiros do Hawaii e sócio da UDV

Diante do quadro de desorganização e alto risco, não espanta que o Cefluris e a União do Vegetal apoiem a normatização do governo e cobrem atitudes que garantam seu direito adquirido. “Acredito que a publicação no “Diário Oficial” servirá principalmente para orientar os órgãos de repressão e fiscalização”, diz o presidente da UDV. “É mais ou menos como se tivéssemos passado 30 anos lutando para dirigir do lado direito da estrada. Agora, alguns que querem partir para a pista da esquerda nos atrapalham”, resume Mesquita da Silva.

Não há dúvida de que as religiões ayahuasqueiras têm os seus méritos. Na apuração desta reportagem, ISTOÉ ouviu histórias comoventes de transformação, que traduzem intenções semelhantes às de crenças seculares como o catolicismo, o islamismo e o judaísmo, para citarmos apenas algumas.

Baterista da formação original dos Engenheiros do Hawaii, Carlos Maltz viveu todos os excessos que a vida de um pop star é capaz de reunir – “do sexo inseguro ao uso de todo tipo de droga. Eu queria morrer jovem”, diz. Hoje, aos 47 anos, ele atua como psicólogo junguiano e é sócio da União do Vegetal em Brasília, onde vive com sua mulher e suas três filhas. Eis a sua história.

“Em 1995, tive uma briga muito feia com o Humberto (Gessinger) e saí da banda. Acabou a fama, acabou a grana e tudo ficou escuro. Fui convidado para ir até a UDV e tomar o chá. Quando vi aquela gente fardada, pensei que não era para mim. Depois de tomar o vegetal, vi várias letras de música passando na minha frente e reconheci o meu estilo no texto. Uma voz me disse: ‘Gostou? É tudo seu.’ Respondi que sim e disse que queria anotar as letras. A voz explicou que eu só conseguiria fazer isso depois que tirasse a mágoa do meu coração e perdoasse o meu parceiro. Explodi e vi que realmente ainda estava magoado. Então a voz me disse que eu deveria compor uma música de amor para o Humberto e que, só depois disso, estaria preparado para evoluir. Hoje somos amigos como nunca, vivo feliz e tenho orgulho do meu trabalho, mas ainda não escrevi a canção.”

Para garantir que histórias como a de Maltz continuem a ser escritas, é preciso muito mais do que normatizar as regras para o uso da ayahuasca em rituais. Se a intenção do governo é legitimar o patrimônio religioso brasileiro, é preciso evitar mortes absurdas e garantir que algo sagrado para alguns não entre para o rol das substâncias que corroem nossa sociedade.

 

CELEBRIDADES DAIMISTAS
Desde a expansão das religiões ayahuasqueiras, nos anos 80, vários artistas tornaram-se adeptos ou experimentaram o chá.

Ney Matogrosso, cantor
Ele experimentou o chá em 1988 e por dois anos frequentou a seita. Hoje, não é mais seguidor, mas continua bebendo o chá. 'Só uma colher, em casa, quando tenho alguma questão para resolver comigo mesmo'

Margareth Menezes, cantora
É integrante da União do Vegetal desde os anos 90, mas não gosta de falar publicamente sobre
tema. Frequentou a Igreja Católica e o Candomblé antes disso

Maitê Proença, atriz
Foi adepta durante três anos e chegou a afirmar que o Santo Daime se tornou a coisa mais importante de sua vida. Não segue mais a doutrina, mas já disse que não descarta a hipótese de voltar a beber o chá
 

Sting, cantor
O astro inglês conheceu o chá durante uma de suas viagens à Amazônia e frequentou reuniões do Santo Daime quando visitava o País. Ele atribui ao poder milagroso do chá a cura de um trauma infantil.


Lucélia Santos, atriz
Foi a primeira artista admitir publicamente que era adepta da seita e sofreu preconceito por isso. Experimentou o chá em 1980, numa viagem à Amazônia, como militante do Partido Verde. Hoje não fala mais sobre o assunto

Eduardo Dussek, cantor
O músico foi do Santo Daime durante quatro anos, na década de 90. Ele disse que acredita no poder terapêutico do chá e conta que já testemunhou muitas curas. Mas não frequenta mais a seita.

 

ALGUNS DOS COMENTÁRIOS DE LEITORES SOBRE O CHÁ

Jonas

EM 17/03/2010 13:08:44

O chá Ayauaska não é uma droga. O chá é um enteógeno, ou seja, leva o homem a ter a percepção da real existência de Deus. A reportagem diz que dois jovens foram, supostamente, mortos pelo uso do chá e por isto deveria ser proibido. E os carros que matam milhares todos os anos e não são proibidos?

 

Raimundo

EM 12/03/2010 23:29:05

"chá dos espíritos" não traduz "ayahuasca".

 

Costa

EM 12/03/2010 11:31:49

Matéria tendenciosa e mal editada, colocando como se todos fossem uma só, no mínimo espero uma retratação, pois existem pessoas sérias e honestas fazendo um trabalho que é reconhecido pelo governo e justiça desse país e no exterior, com bases cientificas e religiosas. Pesquisar e editar a verdade

 

Regina

EM 03/03/2010 18:08:50

Acho de uma irresponsabilidade imensa a liberação de uma substância da qual pouco se sabe sobre seus efeito. Testes já foram feitos com as diversas substâncias medicamentosas existentes para que se saiba sobre suas interações com o Santo Daime???? Regina Dunas - farmaceutica bioquímica

[http://www.istoe.com.br/reportagens/48325_A+ENCRUZILHADA+DO+DAIME+PARTE2]

 

É incrível como no século 21, alucinógeno ainda ganha nome de "enteógeno", o que quer dizer que, em vez de causar alucinação (desordem mental) traz deus para dentro da pessoa, ou mais etnologicamente, gera deus dentro da pessoa.

 

As drogas tiveram papel importante na origem das religiões. Por não compreenderam os fenômenos da natureza, o homem imaginou existirem os deuses, mas o que lhes aparentou certeza sobre esses entes sobrenaturais, foi o efeito de plantas alucinôgenas, que lhe possibilitava verem esses seres imaginários.  O curioso é ainda haver tanta gente acreditando nisso ainda no século XXI. E o preocupante é esse caráter sagrado das drogas levar os governos a autorizarem seu uso, o que resulta em muitas consequências graves.

 

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