IEMANJÁ
"No
Brasil, a orixá goza de grande popularidade entre os seguidores de religiões
afro-brasileiras, e até por membros de religiões distintas.
Em Salvador, ocorre anualmente, no dia 2 de Fevereiro, a maior festa do país em
homenagem à "Rainha do Mar". A celebração envolve milhares de pessoas
que, trajadas de branco, saem em procissão até ao templo-mor, localizado próximo
à foz do rio Vermelho, onde depositam variedades de oferendas, tais como
espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados.
Outra festa importante dedicada a Iemanjá ocorre durante a passagem de ano no
Rio de Janeiro. Milhares de pessoas comparecem e depositam no mar oferendas para
a divindade. A celebração também inclui o tradicional "Banho de pipoca" e as
sete ondas que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam como
forma de pedir sorte à Orixá.
Na Umbanda, é considerada a divindade do mar, além de ser a deusa
padroeira dos náufragos, mãe de todas as cabeças humanas.
Iemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê,
Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica.
Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das
terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta — Jorge Amado
Além da grande diversidade de nomes africanos pelos quais Iemanjá é conhecida, a
forma portuguesa Janaína também é utilizada, embora em raras ocasiões. A
alcunha, criada durante a escravidão, foi a maneira mais branda de "sincretismo"
encontrada pelos negros para a perpetuação de seus cultos tradicionais sem a
intervenção de seus senhores, que consideravam inadimissíveis tais
"manifestações pagãs" em suas propriedades.[2] Embora tal invocação tenha
caído em desuso, várias composições de autoria popular foram realizadas de forma
a saudar a "Janaína do Mar" e como canções litúrgicas.
Pela
primeira vez em dois de Fevereiro de 2010 uma escultura de uma sereia
negra, criada pelo artista plástico Washington Santana, foi escolhida para
representação de Iemanjá no grande e tradicional presente da festa do Rio
Vermelho, Salvador, Bahia em homenagem à Àfrica e a religião afrodescendente.[3]
Seus filhos e filhas são serenos, maternais, sinceros e ajudam a todos sem
exceção. Gostam muito de ordem, hierarquia e disciplina. São ingênuos e calmos
até demais, mas quando se enfurecem são como as ondas do mar, que batem sem
saber onde vão parar. São vaidosos mais com os cabelos. Suas filhas sabem
seduzir e encantar com a beleza e mistérios de uma sereia. Geralmente as filhas
de Iemanjá têm dificuldade em ter filhos, pois já são mães de coração de todos.
Qualidades
Yemowô - que na África é mulher de Oxalá,
Iyamassê - é a mãe de Sàngó,
Yewa - rio africano paralelo ao rio Ògún e que frequentemente é confundido em
algumas lendas com Yemanjá,
Olossa - lagoa africana na qual desaguam os rios Yewa e Ògún,
Iemanjá Ogunté - que casa com Ògún Alagbedé,
Iemanjá Asèssu - muito voluntariosa e respeitável,
Iemanjá Saba ou Assabá - está sempre fiando algodão é a mais jovem.
Sincretismo
Existe um sincretismo entre a santa católica
Nossa Senhora dos Navegantes e a orixá da [*]Mitologia
Africana Iemanjá. Em alguns momentos, inclusive festas em homenagem as duas
se fundem.[4][5] No Brasil, tanto Nossa Senhora dos Navegantes como Iemanjá[6]
tem sua data festiva no dia 2 de fevereiro. Costuma-se festejar o dia que lhe é
dedicado, com uma grande procissão fluvial.
Uma das maiores festas ocorre em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, devido ao
sincretismo com Nossa Senhora dos Navegantes. No mesmo estado, em Pelotas a
imagem de Nossa Senhora dos Navegantes vai até o Porto de Pelotas. Antes do
encerramento da festividade católica acontece um dos momentos mais marcantes da
festa de Nossa Senhora dos Navegantes em Pelotas, que em 2008 chegou à 77ª
edição. As embarcações param e são recepcionadas por umbandistas que carregavam
a imagem de Iemanjá, proporcionando um encontro ecumênico assistido da orla por
várias pessoas.[7]
No dia 8 de dezembro, outra festa é realizada à beira mar baiana: a Festa de
Nossa Senhora da Conceição da Praia. Esse dia, 8 de dezembro, é dedicado à
padroeira da Bahia, Nossa Senhora da Conceição da Praia, sendo feriado municipal
em Salvador. Também nesta data é realizado, na Pedra Furada, no Monte Serrat em
Salvador, o presente de Iemanjá, uma manifestação popular que tem origem na
devoção dos pescadores locais à Rainha do Mar - também conhecida como Janaína
Na capital da Paraíba, a cidade de João Pessoa, o feriado municipal consagrado a
Nossa Senhora da Conceição, 8 de dezembro, é o dia de tradicional festa em
homenagem a Iemanjá. Todos os anos, na Praia de Tambaú, instala-se um palco
circular cercado de bandeiras e fitas azuis e brancas ao redor do qual se
aglomeram fiéis oriundos de várias partes do Estado e curiosos para assistir ao
desfile dos orixás e, principalmente, da homenageada. Pela praia, encontram-se
buracos com velas acesas, flores e presentes. Em 2008, segundo os organizadores
da festa, 100 mil pessoas compareceram ao local.
Festa do Rio Vermelho
|
Oferenda para
Iemanjá. |
A tradicional Festa de Iemanjá na cidade de Salvador, capital da Bahia, tem
lugar na praia do Rio Vermelho todo dia 2 de Fevereiro. Na mesma data, Iemanjá
também é cultuada em diversas outras praias brasileiras, onde lhe são ofertadas
velas e flores, lançadas ao mar em pequenos barcos artesanais.
A festa católica acontece na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, na
Cidade Baixa, enquanto os terreiros de Candomblé e Umbanda fazem divisões
cercadas com cordas, fitas e flores nas praias, delimitando espaço para as casas
de santo que realizarão seus trabalhos na areia.
No Brasil, Iemanjá na versão de Pierre Verger, representa a mãe que protege os
filhos a qualquer custo, a mãe de vários filhos, ou vários peixes, que adora
cuidar de crianças e animais domésticos. (Wikipédia).
[*] Por
que Maria faz parte de religião, e Yemanjá, de "mitologia
africana"?
É simplesmente porque o texto da Wikipédia deve ter sido escrito por cristão, e,
como
mitologia é a religião dos outros, as crenças cristãs são consideradas
religião, e as crenças africanas são consideradas mitologia.
O que me chama a atenção também é um elemento um tanto estranho: esse segmento do
cristianismo brasileiro. Eles dizem ser monoteístas, e adoram uma deusa
africana! Na hipótese de existir mesmo, o deus dos cristãos deveria estar
tanto irritado com eles quanto teria estado irritado com os israelitas que
adoravam um bezerro de ouro nos dias do tal êxodo.
Ver
MITOLOGIA E RELIGIÃO.
Ver mais RELIGIÃO