Várias datas foram marcadas para a volta de
Jesus Cristo. Esse
retorno nunca havia sido tão esperado quanto foi em 1843 e 1844, época em que surgiu a
Igreja Adventista do Sétimo Dia. Jesus Cristo não veio, mas continua sendo aguardado.
Depois do ano mil, e suas decepções religiosas, muitas outras datas foram
marcadas, e sempre houve muita gente acreditando.
Na Idade Média, o poder do Catolicismo era tal, que qualquer divergência era
severamente punida. Muitos dissidentes foram executados na fogueira. Não
obstante as duras perseguições executadas em nome de Deus pela Igreja,
protestantes surgiam em vários lugares, até que, no Século XVI, ocorreu a famosa
Reforma Protestante.
No decorrer dos anos, dissidências eram freqüentes, mesmo no seio do
Protestantismo, multiplicando-se o número de novas igrejas.
Os mensageiros
divinos não admitem estarem errados. Basta que alguém encontre indício de que
algo na igreja esteja errado, para ter que fundar uma nova igreja, se quiser
defender o seu princípio de fé.
No Século XIX, interpretando o Profeta Daniel, nova data foi fixada para o
retorno do Salvador.
"Em 1818, Miller calculou uma data para o retorno de
Cristo de 1843. O cálculo desta data foi baseado em uma profecia de Daniel 8:14.
"Ele me disse, pois: “Até duas mil e trezentas noitinhas [e] manhãs; e [o]
lugar santo certamente será levado à sua condição correta". Ao aplicar o
princípio de um dia por um ano, este ascendeu a 2300 anos, a contar com o
decreto para reconstruir Jerusalém por Artaxerxes da Pérsia em 457 AEC 1. Assim,
2300 anos menos 457 anos levam-nos em 1843. Muito mais tarde, Miller disse, "...
Jesus Cristo virá novamente à terra, para limpar, purificar e tomar posse, com
todos os santos, em algum momento entre 21 de marco de 1843 e 21 Março de 1844”.
Nada aconteceu 21 de Março de 1844, uma nova data foi recalculada: 18 Abril de
1844. Ainda nada. Uma nova data foi proposta: 22 de Outubro de 1844."
(http://extestemunhasdejeova.net/forum/viewtopic.php?f=11&t=6296)
Novamente, pessoas doavam seus bens para os pobres e só pensavam na preparação
para a entrada no reino celeste. Outra tremenda decepção! Muitos se tornaram
ateus, outros retornaram a suas igrejas, admitindo o erro e confirmando que nem
o próprio Cristo sabia quando voltaria (Mateus, 24: 36).
Havia um grupo mais persistente, que teria que trazer uma solução que
justificasse seus cálculos. Criou-se a doutrina de que naquele ano Jesus Cristo apenas
passou do lugar Santo para o lugar Santíssimo do Santuário Celestial. O
presságio não era de sua volta, mas da purificação do santuário celeste, que era
figurado pelo terrestre (Hebreus, 4: 5).
A doutrina do SANTUÁRIO, assim como a guarda do sábado e outras inovações,
recebeu logo muitas críticas. A principal se baseia em que o entendimento
cristão primitivo era de que Cristo efetuou o seu sacrifício, "entrou no Santo
dos Santos uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção" (Hebreus, 9: 12), e
fez a "expiação dos pecados" (Hebreus, 1: 3). Assim seria errôneo afirmar que
Ele veio a entrar no Santo dos Santos somente em 1844.
Não podiam mais fixar uma data para a volta do Salvador. Contudo, todas as
interpretações indicavam que ela estava muito próxima.
Criou-se a igreja ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA, cujo nome provém da guarda do sábado
como o principal ponto doutrinário da igreja. O sábado é para eles o "selo de
Deus" (Apocalipse, 7: 2), enquanto o domingo é o "sinal da besta" (Apocalipse,
13: 16 e 17).
Embora o profeta Daniel tenha especificado o TEMPO DE ANGÚSTIA causado pelo
assolador, que era Antíoco IV, mas o Cristianismo colocou como Roma em Apocalipse 13, para trinta dias depois da
tirada do
sacrifício contínuo, que era a destituição do sumo sacerdote Onias
(Daniel, 12: 11), mas os cristão antigos interpretam como o sacrifício
de Jesus, os adventistas o colocaram esse período como mil duzentos e
sessenta anos, com
início no ano 538 e terminando em 1798.
Para explicar Daniel 12:11, criou-se a interpretação de que o "sacrifício
contínuo" era Roma pagã, que foi substituída pelo Papado.
O texto bíblico é muito claro, onde o evangelista apresenta o próprio Jesus falando do assolador e a
grande tribulação referindo-se ao cerco e destruição de Jerusalém (Mateus 24:15
a 21; Lucas 21: 20 a 24). E no Apocalipse, fala que "por quarenta e dois meses
calcarão aos pés a cidade santa" (Apocalipse, 11:2).
Todavia, como a “besta” tem que ser o PAPADO e a “Babilônia” a Igreja CATÓLICA
(o texto bíblico mostra claramente ser a cidade de Roma - Apoc. 17: 18) e o
“sinal da besta” deve ser a guarda do domingo, os mil duzentos e sessenta dias
são colocados a partir de 538 A.D.
Mesmo com a alteração da cronologia profética, parece já estarmos ultrapassando
muito as expectativas das previsões do fim do mundo. Pois "logo em seguida à
tribulação daqueles dias", teria sido a indicação do mestre "o sol escurecerá, a lua
não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus
serão abalados... Verão o filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder
e muita glória." (Mateus, 24: 29 e 30).
Há anos, ainda no século passado, já se dizia estar o sinal da besta muito próximo, devido à proibição de
trabalho aos domingos. Alguns mestre diziam que breve iriam determinar que todos
trabalhassem aos sábados. O engano foi grande; pois como se tratava,
não de tal
imposição bestial, mas de conquistas de direitos trabalhistas, a tendência é o
repouso se estender aos dois dias (sábado e domingo). A predita besta do
"decreto dominical" falhou. Todavia, continua sendo esperada, com "tempo de
angústia" (Daniel 12: 1), que, segundo o evangelho "nem haverá jamais", (Mateus,
24: 21).
Um pregador chegou a dizer que o "decreto dominical" (imposição da guarda do
domingo e trabalho aos sábados) deveria ocorrer por volta de 1979.
Posteriormente, um pastor afirmou que havia previsões científicas da parada de
um grande astro entre o Sol e a Terra por volta de 1988. Deveria ser o escurecimento do Sol
apocalíptico (Apocalipse,6: 12; Mateus, 24:29).
Há a interpretação de que, ainda no Século 18, houve o cumprimento desta
profecia, quando houve um escurecimento do sol por quase um dia; e em 1833, nos
Estados Unidos, segundo noticiam alguns escritos adventistas, foi observada uma
chuva de estrelas (Vejam
AS ESTRELAS NÃO CAÍRAM PELA TERRA).
Assim só falta a volta do Cristo. Era o século XIX, e já estamos no século XXI,
e o Jesus não apareceu. rs
E o fim continua próximo.
Aceitando a clareza do texto bíblico, teríamos que admitir que o fim previsto
deveria ocorrer há muito tempo. Assim as mirabolantes interpretações
atuais parecem manter melhor a fé.
Como sempre ocorre, Jesus não apareceu em
1843, nem em 1844, mas está sempre às portas. "Eis que cedo venho".
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