Astronautas gravaram o cometa NEOWISE a partir da ISS: Veja o vídeo
Erik Behenck
17 de julho de 2020
O cometa NEOWISE deverá passar pelo Brasil na próxima semana, mas tem gente já se deliciando com essa experiência. E não estamos falando dos moradores do Hemisfério Norte, e sim dos astronautas que estão na Estação Espacial Internacional (ISS).
Conforme a NASA, esse cometa não poderá ser visto a olho nu pelos próximos 6.765 anos. Por isso, quem deseja aproveitar este momento deve ficar atento ao pôr do sol.
Conheça o cometa NEOWISE
NEOWISE é o “nome fantasia” do C/2020 F3, que foi localizado em março pela sonda NEOWISE. A partir disso, passou a ser flagrado por diversos telescópios espaciais e observatórios. Os astronautas da Estação Espacial Internacional não ficaram de fora, veja o vídeo que eles gravaram:
A luz que podemos perceber em sua cauda na verdade é o reflexo da luz solar, em contato com o gás e a poeira que ele carrega. Por isso, quanto mais longe vai ficando do Sol, menos visível ele é. Além disso, seu diâmetro é de 5 quilômetros.

A cauda brilhante do cometa NEOWISE
(Créditos: NASA)
Os pesquisadores conseguiram descobrir algumas curiosidades sobre o cometa, indicando que 50% de sua composição é água e 50% é poeira. “São cerca de 13 milhões de piscinas olímpicas de água”, disse Emily Kramer, co-investigadora da equipe científica da NEOWISE, parte da NASA.
Qual distância ele está da Terra?
O cometa NEOWISE está 111 milhões de quilômetros da Terra, o que equivale a 1/4 da distância da Terra ao Sol. Ele se move a 232 mil km/h e não ameaça o nosso planeta. Mas, quando chegar mais perto estará distante 103 milhões de quilômetros.
“Não há risco para o planeta com isso”, acrescentou. “Está muito longe de nós e não chega nem perto de nós, então não há ameaça”, citou Joe Masiero, vice pesquisador principal do NEOWISE.
Embora muitos fatores possam interferir, é grande a probabilidade do cometa estar visível a olho nu entre os dias 23 e 26 em vários lugares do Brasil.
<https://socientifica.com.br/neowise/>
O cometa Neowise, descoberto pela Nasa em 27 de março, poderá ser visto pelos brasileiros, a olho nu, a partir de quarta-feira. Moradores do Sudeste poderão vê-lo com maior nitidez neste dia – e os do Sul por volta do dia 26. A próxima “passagem” do Neowise pela Terra é calculada pelos astrônomos para daqui a 6.800 anos. Sua aproximação máxima da Terra será em 23 de julho: 103 milhões de quilômetros. A quem se interessar por registrar sua presença, cabe lembrar: fenômenos como esse variam muito de um dia para o outro, são imprevisíveis e algumas condições são necessárias para tudo dar certo.
No Hemisfério Norte, ele provocou um raro espetáculo. Fotos mostram um luminoso corpo redondo acompanhado por uma cauda igualmente brilhante atravessando os céus da Itália e da República Checa, por exemplo. Na quarta-feira, o Neowise passou sobre as Seven Magic Mountains, no deserto de Nevada, nos EUA.
“No Hemisfério Norte foi um show, muito bonito, mas nada garante que será assim no Hemisfério Sul, porque à medida que os dias vão passando o cometa vai se afastando do Sol e ficando mais fraco”, explica o astrofísico Roberto Dell’Aglio Dias da Costa, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.
É a ação solar que permite que os cometas sejam vistos. Como são compostos por um núcleo de gelo, o calor do Sol provoca a sublimação desse material, transformando-o de sólido em gasoso. O gás que sobe pela superfície do corpo dá a visão do brilho que rasga o céu em sua passagem. Quanto mais longe do Sol, menos partes são desprendidas e menos visível ele fica.
O Neowise recebeu o mesmo nome do telescópio espacial, lançado pela Nasa em 2009, que o descobriu em março. A partir daí, começou um estudo para classificá-lo e estimou-se que ele tem uma órbita de aproximadamente 6.800 anos – ou seja, esse é o tempo que ele demora para dar uma volta completa em torno do Sol.
<https://istoe.com.br/cometa-neowise-comeca-visita-a-terra-no-dia-22/>
Erro: Ficou uma dúvida: o cometa está a “111 milhões de quilômetros da Terra“, mas não a “1/4 da distância da Terra ao Sol” Um quatro da distância da Terra ao Sol é 37,5 milhões de quilômetros.
No início da década de 1970, eu vi por vários dias seguidos um cometa no final do dia, com uma cauda bem maior do que essa do Neowise, mas até hoje não consegui encontrar informação sobre esse cometa.
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