novembro de 1989

As Dez Políticas do Consenso de Washington
As recomendações centrais incluíam:
Disciplina Fiscal: Controle de gastos públicos e redução do endividamento do Estado.
Redirecionamento da Despesa Pública: Foco em serviços essenciais como educação primária, saúde e infraestrutura, em vez de subsídios.
Reforma Tributária: Reformulação do sistema de impostos para reduzir a carga sobre as empresas.
Liberalização das Taxas de Juros: Deixar que as taxas de juros fossem determinadas pelo mercado, o que levaria a um aumento do crédito ao consumidor.
Taxa de Câmbio Competitiva: Manter um câmbio que permitisse às empresas serem competitivas internacionalmente.
Liberalização do Comércio: Redução de barreiras comerciais para o livre fluxo de bens.
Liberalização do Investimento Direto Estrangeiro: Abertura para investimentos de outros países.
Privatizações: Venda de empresas estatais.
Desregulamentação: Eliminação de regulações consideradas excessivas.
Proteção dos Direitos de Propriedade: Garantia dos direitos de propriedade.
Resultados e Críticas
Impactos Negativos:
A aplicação dessas políticas resultou em crises financeiras, estagnação econômica e aumento da insolvência em alguns países, como o México em 1995.
Críticas:
A interpretação de que o Consenso era um modelo neoliberal dogmático levou a críticas por parte de economistas como Joseph Stiglitz, que argumentou que o modelo era inadequado e prejudicava o desenvolvimento social.
(Resposta IA)
SOLUÇÃO ALTERNATIVA DA MALÁSIA
“A Malásia: uma “solução alternativa” aos programas do FMI?
A Malásia se constitui num caso curioso, que pode servir de “experiência de laboratório” para as recomendações de política econômica receitadas pelo Consenso de Washington.
Isto porque a Malásia, quando passou pela crise asiática, em 1997-98, sofreu uma forte crise cambial – com sua moeda, o ringgit, caindo de 2,50 para 4,20 por dólar – e fez exatamente o oposto do que recomenda o FMI nas mesmas circunstâncias, obtendo grande sucesso.[18]
Nas crises de fugas de capitais, que se transformam em crises cambiais, o FMI recomenda a flutuação das taxas de câmbio; a Malásia, executando o oposto, decidiu fixá-las. O FMI sugere uma forte elevação dos juros; a Malásia reduziu-os. O FMI receita redução dos gastos públicos para reduzir a relação dívida/PIB. A Malásia aumentou os gastos públicos e impôs uma trajetória ascendente à sua relação dívida/PIB.
Tudo isso só pôde ser feito porque a Malásia neutralizou, com a adoção de rígidos controles,[19] os possíveis impactos que a plena movimentação de capitais de curto prazo poderia ter causado à sua economia.
A recuperação malaia foi impressionante. Sua indústria cresceu 8,5% em 1999, ano em que seu PIB cresceu 5,4%e seu PIB continuou a crescer 7,8% em 2000 e 7% em 2001. A inflação, que em 1998 – antes da crise – fora de 5,3%, caiu para 2,8% em 2000 e 2,2% em 2001. A relação dívida/PIB, que era de 60% antes da crise, manteve-se em alta e hoje atinge um patamar superior a 70%.
Um estudo acadêmico bastante conhecido, elaborado por KAPLAN e RODRIK, constatou que a recuperação da Malásia, na crise 1997-98, foi mais rápida e menos custosa quando comparada à recuperação da Tailândia e a da Coreia do Sul, que seguiram à risca o receituário do FMI.[18]
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Consenso_de_Washington>
O que se observa é que o “Consenso de Washington” não era para melhorar a economia dos países emergentes, mas para facilitar a exploração americana desses países, tornando-os dependentes dos Estados Unidos. Tanto é que “aplicação dessas políticas resultou em crises financeiras, estagnação econômica e aumento da insolvência em alguns países, como o México em 1995″, e o nosso país também, no período em que mais perdeu patrimônio público, teve aumento da dívida externa e do desemprego e redução do PIB e nos governos de FHC.
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