ACUPUNTURA É PLACEBO
terça-feira, 19 de abril de 2011
Estudo conclui que acupuntura é ineficaz e pode ter efeito colateral
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Embora enaltecida como uma poção da sabedoria milenar do Oriente, a acupuntura
seria, na verdade, uma farsa, porque não acaba como dores e, pior, pode ter
efeitos colaterais.
É o que concluiu um estudo que utilizou análises de revisão da acupuntura feitas
em diversos países, incluindo da Ásia.
Publicado recentemente no periódico Pain, o estudo constatou que a acupuntura é
inócua contra dores de cabeça, ombros e colunas, o mesmo se verificando com as
causadas por doenças como câncer, artrite reumatoide e cirurgias em geral.
Verificou-se um único caso de eficácia, na neutralização de dores no pescoço.
O estudo mostrou que a terapia pode ter feito colateral, dependendo da
habilidade e da prevenção de quem espeta as agulhas. Registrou que tem ocorrido
com frequência infecções de pacientes por causa de agulhas contaminadas por
bactérias. Há casos também de perfurações de pulmões, com complicações que levam
pacientes à morte.
Constatou que há pacientes que se sentem bem com a acupuntura por causa do
efeito placebo. A convicção de que a terapia dará resultado provoca uma reação
benéfica do organismo.
O efeito placebo foi confirmado por pacientes que se sentiram bem com a
aplicação, sem que eles soubessem, de uma simulação com o uso de prosaicos
palitinhos que tocaram em seu corpo, sem perfuração, em pontos aleatórios, não
naqueles mapeados pela acupuntura.
Ao comentar o estudo, a médica americana Harriet Hall disse que a “a acupuntura
é o melhor placebo que existe”. "A terapia combina uma mística oriental a um
ritual elaborado. O paciente relaxa durante o tratamento, e o terapeuta é
persuasivo, confiante e carismático", disse ela à Folha.
O Brasil é um dos poucos países que reconhecem a acupuntura como especialidade
médica e é o único que tem um programa de residência médica para essa terapia.
Há inclusive atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde).