Se podemos dizer que a Carla Perez cometeu um assassinato, também podemos afirmar que a Revista Man fez o sepultamento. Analisemos o que diz a Revista:

O print da revista foi perdido, mas continha todos os erros abaixo transcritos em vermelho.
“– O que mais nos admira, não é um presidente operário e semi analfabeto. Este, vem provando dia-a-dia seu verdadeiro valor com um esforço extraordinário para manter sua postura. O que nos espanta, é a própria imprensa dar tanto ênfase à pessoas que podemos chamar de anti-heróis, diga-se Carla, Romário, etc.“
(Revista Man)
Além dos
erros ortográficos: “semi analfabeto” (correto era semi-analfabeto, depois da reforma passou a ser semianalfabeto)
e “dia-a-dia” (correto é “dia a dia” = diariamente, enquanto passam os dias.) A grafia com hífen ocorre quando a expressão é substantivada: o meu dia-a-dia (o meu cotidiano).
Uso inadequado da vírgula (não se pode usar vírgula entre o sujeito e o verbo – vejas vírgulas vermelhas),
o mais grave (o sepultamento) é
“ênfase à pessoas”.
A crase é a fusão da preposição “a” com o artigo “a”. Antes de palavra no plural não pode vir o artigo no singular (“a”), o que torna errôneo o uso da crase em tal frase. Ali só existe a preposição “a”.
A Carla Perez usou uma das expressões atualmente mais criticadas. Mas os erros cometidos pela revista, meia dúzia em um único parágrafo, superou a mulher.