COMO SE PREVER DO
CORONAVÍRUS
Como se
prevenir do coronavírus?
Sem tratamento específico, o coronavírus deve ser combatido com medidas de
prevenção. Respondemos oito dúvidas comuns sobre como evitar a infecção
Por Maria Tereza Santos
17 mar 2020, 21h24 - Publicado em 4 fev 2020, 17h48
Coronavírus - prevenção, como evitar
Não há no momento um tratamento específico para o novo coronavírus. E, se também
não temos uma vacina, como se prevenir desse agente infeccioso originário da
China?
A população brasileira está preocupada com esse novo vírus, porque não
conhecemos a fundo seus sintomas e complicações e mesmo sua capacidade de
transmissão. E porque o primeiro caso da doença em território nacional foi
confirmado no dia 26 de fevereiro.
Diante disso, veja as respostas para oito dúvidas comuns sobre como se proteger
dessa doença. Elas foram escritas a partir de documentos da Organização Mundial
da Saúde e da Sociedade Brasileira de Infectologia e de uma entrevista com o
infectologista Alberto Chebabo, do centro Sérgio Franco Medicina Diagnóstica,
que pertence ao Grupo DASA:
1. Medidas de higiene pessoal ajudam a se prevenir do coronavírus?
Ele é transmitido por gotículas de saliva e catarro que se espalham pelo
ambiente. Até por isso, a principal forma de prevenção é lavar as mãos com água
e sabão frequentemente, em especial após tossir, espirrar, ir ao banheiro e
mexer com animais. Ter um frasco de álcool gel na bolsa também é indicado.
Ao adotar essa estratégia, evita-se que o vírus acesse seu organismo após você
colocar as mãos em uma superfície contaminada. A mesma medida, aliás, vale para
afastar o risco de gripe e outras tantas infecções.
2. Como evitar a infecção em locais públicos?
Primeiro, reforçamos que não há motivo para pânico. A mortalidade do coronavírus
não parece ser muito alta e não enfrentarmos uma epidemia no Brasil.
Ainda assim, vale seguir aquela recomendação aplicada a qualquer doença que se
dissemina pelo ar: mantenha distância de pessoas que apresentem sintomas como
tosse, coriza e febre.
Por outro lado, ao espirrar e tossir, cubra o rosto com um braço ou lenço
descartável. Seguindo essas orientações, você cuida de quem está ao seu redor e
de si mesmo.
3. Usar máscara no rosto evita o coronavírus?
Você provavelmente já viu imagens de pessoas nas ruas da China com máscaras no
rosto em reportagens dos telejornais. E sim: ela pode reduzir um pouco o risco
de infecção.
No entanto, o acessório só é recomendado em situações locais de surto intenso.
Esse é o único cenário no qual se indica a máscara para a população geral.
Até porque, quando não empregada corretamente, ela só dá uma falsa sensação de
segurança. No mais, de pouco adianta vestir esse equipamento e não lavar as
mãos.
A máscara é mais adequada para quem tem alguma infecção respiratória não
disseminá-la.
4. Posso viajar para lugares onde há circulação do vírus?
O Ministério da Saúde, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC)
e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) recomendam que viagens para a
China e outros países muito afetados sejam realizadas somente em situações de
extrema necessidade.
Se for impossível adiar uma ida à China, siga as medidas de higiene pessoal e
evite grandes aglomerações. Também prefira alimentos cozidos e não compartilhe
talheres.
Ah, e lembre-se de não passar as mãos nos olhos, nariz e boca ou entrar em
contato com bichos doentes.
Outro conselho é manter a caderneta de vacinação em dia, mesmo que não haja
imunizante para o novo problema. Isso porque, em conjunto com o coronavírus,
outros vírus e bactérias causariam estragos adicionais.
Um estudo chinês, publicado no periódico The Lancet, investigou os sintomas e
grupos mais vulneráveis a essa doença e mostrou que a maior parte dos quadros
graves se deve à imunidade baixa dos pacientes.
Ou seja: o coronavírus é mais perigoso para quem está com o sistema imunológico
fraco, o que pode ocorrer devido à ação de outras infecções, a exemplo da gripe,
que tem vacina.
<https://saude.abril.com.br/medicina/como-se-prevenir-coronavirus/>
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