Hoje, dia 25 de fevereiro, comemoramos o Dia do Agronegócio, ou seja, “a
soma de todas as operações envolvidas na produção e distribuição de insumos
agrícolas, as operações de produção na fazenda, e as de armazenamento,
processamento e distribuição dos produtos agrícolas e seus subprodutos”,
definição criada pelos pesquisadores de Harvard (USA) John Davis e Ray Goldberg,
em 1957. No Brasil, esse termo passou a ser utilizado com frequência a partir do
início da década de 90, junto à criação da ABAG, que era chamada de
Associação Brasileira do Agribusiness. Em 2010, o nome foi alterado para
Associação Brasileira do Agronegócio.
Todos os agentes da cadeia de valor de alimentos e fibras e as instituições que
a influenciam fazem parte do agronegócio. Para ficar ainda mais claro o tamanho
da cadeia, dizemos que o agronegócio é tudo que engloba o antes, o dentro e o
depois da porteira. Antes da porteira se refere a tudo que o produtor
rural precisa para produzir, ou seja, os insumos (pesticidas, máquinas,
fertilizantes, sementes, frota, entre outros). Dentro da porteira se
refere ao plantio, manejo, colheita, beneficiamento, manutenção de máquinas,
armazenamento dos insumos, descarte de embalagens e mão de obra. E depois da
porteira é tudo relacionado à armazenagem, distribuição e logística.
O mais brilhante de tudo isso é que o agronegócio brasileiro tem buscado
aprimorar tecnologias e processos de produção e criar soluções para seguir no
caminho de conciliação entre a produção de alimentos, fibras e energia e a
conservação ambiental.
"O agronegócio sofre críticas a partir
de duas concepções: uma de viés econômico-social e outro de cunho ambiental.
Sobre essa última posição, são comuns os embates no contexto político envolvendo
os chamados “ruralistas” contra os “ambientalistas”. Esses últimos acusam
frequentemente os primeiros de serem os responsáveis pela expansão desordenada
das terras cultiváveis no território nacional, expandindo a fronteira agrícola e
diminuindo a quantidade de reservas ambientais e áreas verdes. Há também
acusações envolvendo o cultivo em áreas de preservação próximas a reservas e
parques ambientais, além da poluição de cursos d'água por fertilizantes e outros
produtos tóxicos.
As críticas de cunho social estão intrinsecamente relacionadas com os movimentos
sociais do campo, com destaque para o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra
(MST) que acusa o agronegócio de intensificar o processo de concentração
fundiária, em que um número cada vez maior de terras fica detido sob a posse de
um número cada vez menor de investidores. Além disso, os ruralistas, nesse caso,
são acusados de travarem as políticas de reforma agrária no Brasil, que se
arrasta desde meados do século XX sem uma solução definitiva."
<https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-agronegocio.htm>