Pastor estupra menino de 10 anos e
alega ter agido ''pela glória de Deus''
Homem, de 59 anos, já havia cometido estupro de vulnerável no ano de 2009
LAURA HOLSBACK E RENAN NUCCI
18 de Agosto de 2015 | 08h41
A Polícia Civil investiga estupro de menino, de 10 anos, ocorrido
por volta das 20h dessa segunda-feira (17), na casa da avó da criança, no Bairro
Buriti, em Campo Grande. O autor da violência sexual tem 59 anos e seria pastor
e tio-avô da criança. Ao delegado, confessou ter cometido o abuso "pela glória
de Deus".
De acordo com informações do delegado Reginaldo Salomão, plantonista da
Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), da Vila Piratininga, os
pais do menino tinham compromisso, por isso o deixaram aos cuidados de um primo,
de 23 anos, no imóvel da avó, juntamente a outras duas crianças, moradoras na
residência. No local, também estava o tio-avô do menino.
Por volta das 20h, o rapaz sentiu falta dos primos e foi procurá-los no quintal.
Não os encontrou e, ao entrar novamente, viu as duas crianças, que residem no
local, olhando pela fechadura de um dos quartos, agitadas.
Ao abrir a porta, flagrou a violência sexual. O primo chamou os pais, que,
imediatamente, foram até à delegacia denunciar o fato.
PRISÃO
Equipe de investigadores foram ao endereço e prenderam o abusador, que não
apresentou resistência e, ao delegado, confessou ter cometido o crime. “Assumiu
e relatou com detalhes como aconteceu. Disse ao menino que lhe daria uma chinelo
- usado, e, em troca pediu favor sexual. Para continuar o abuso e obter a
conjunção carnal prometeu que a criança poderia jogar a noite toda no videogame.
O menino aceitou e o primo flagrou o ato no momento em que havia a consumação do
estupro”, disse a autoridade.
Em depoimento, o pastor preferiu o silêncio e disse, apenas, que cometeu o ato
"pela glória de Deus". O menino foi examinado por médico legista e constatado que
havia ferimentos e sangramento no órgão genital dele, compatíveis com a
violência.
O criminoso, segundo o delegado, já havia sido preso, também por estupro de
vulnerável, em 2009.
O caso será encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA)
para dar andamento ao inquérito policial.