A FÉ NÃO DIMINUI O MEDO DE BOMBA

 

Tumulto provocado por medo de bomba mata mais de 800 em ponte no Iraque
Da Redação
Com agências internacionais
31/08/2005

Um boato de que um homem-bomba estava prestes a explodir provocou pânico, corre-corre, pisoteamentos em uma ponte de Bagdá nesta quarta-feira (31). Pelo menos 841 pessoas morreram e 323 ficaram feridas, segundo os últimos números divulgados pelo Ministério do Interior.

Fontes médicas informaram que muitos dos feridos estão com lesões graves e que há um grande número de desaparecidos, por isso acredita-se que o número de vítimas aumente nas próximas horas. "Acreditamos que chegará a 1.000", disse à Reuters Jaseb Latif Ali, representante do Ministério da Saúde iraquiano.

A maioria dos mortos é de mulheres e crianças, disse uma fonte do Ministério da Interior iraquiano. "A maioria morreu por afogamento ou ao ser pisoteada".

A tragédia ocorreu na ponte que leva à mesquita de Moussa Al-Kazem, terceiro santuário mais sagrado para os xiitas em Bagdá, aparentemente após rumores de que havia um terrorista no meio da multidão.

Segundo o relato da polícia, o pânico se espalhou entre os milhares de fiéis, que começaram a correr em todas direções pela ponte que leva ao bairro de Kademiya, palco nos últimos dias de uma das peregrinações mais importantes do calendário muçulmano xiita.

Parte da multidão ficou presa junto a um dos muros, que cedeu e causou a queda de centenas de pessoas no rio Tigre.

Esta é a catástrofe mais grave ocorrida no Iraque nas últimas décadas, e o segundo tumulto mais sangrento ocorrido em uma peregrinação no mundo nos últimos 30 anos.

O primeiro-ministro Ibrahim Jaafari declarou três dias de luto após o incidente, informou a TV estatal.

Tragédia evitada?
Os ministros iraquianos de Defesa, Saadun Al-Duleimi, e do Interior, Bayan Jabr, disseram que antes do tumulto de hoje, as forças de segurança evitaram "várias" tentativas de atentado contra os peregrinos xiitas.

Segundo explicaram em entrevista coletiva conjunta na capital, membros dos serviços de segurança, em cooperação com as forças multinacionais, mataram vários terroristas que tentavam entrar no bairro de Al Kadimiya, onde está a mesquita do imame Moussa Al Kadem. "Proteger cerca de três milhões de pessoas (número que segundo os ministros estava no local) em um ambiente de terrorismo como o que existe no Iraque não é fácil", explicou Jabr, que defendeu a atuação dos departamentos de Defesa e do Interior.

Esta declaração chega minutos depois que o ministro da Saúde, Abdel Mutaleb Ali, pediu a renúncia destes dois ministros, a quem responsabilizou pela tragédia.

Segundo os ministros, entre os terroristas mortos havia estrangeiros, um deles de nacionalidade afegã que, segundo Jabr, morreu junto a um grupo de terroristas iraquianos em um enfrentamento com as forças de segurança da região.

"O que aconteceu na ponte não tem nenhuma relação com os problemas étnicos do país, como defenderam alguns meios de comunicação", detalhou Al-Duleimi, que descartou a possibilidade de a tragédia não ser acidental.

Al-Duleimi acrescentou que as forças iraquianas desarmaram vários projéteis e desativaram carros-bomba que "grupos terroristas tinham preparado para atacar os peregrinos em Al Kadimiya".
<https://noticias.uol.com.br/ultnot/internacional/2005/08/31/ult1859u34.jhtm>
 

Eles não confiam em Allah. Ele nunca está ali.  Ao menor sinal de muçulmano de outro grupo querendo fazer o que determinou seu livro sagrado ("infundiremos terror nos corações dos infieis", surata 3:151), cada um tenta salvar a própria pele e os outros que se danem. Eles sabem que seu deus não os protege dos inimigos.

 

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