JOANA D'ARC E O TERROR DA FÉ

 

 

"No dia 30 de maio de 1431, a jovem francesa Joana D’Arc, nascida na comuna de Domrémy-la-Pucelle, foi queimada em praça pública ao ser acusada de heresia e feitiçaria por um tribunal eclesiástico inglês e francês. Na época, ela tinha somente 19 anos.

Muitos anos se passaram e a história de Joana D’Arc, heroína que garantiu substanciais vitórias ao exército francês durante a Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453), foi revisitada, reconsiderada e, hoje, ela é tida como a Santa Padroeira da França.

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Em 23 de maio, ela foi capturada pelas tropas de borgonhesas.

Por um valor de 10 mil libras, D’Arc foi vendida ao exército da Inglaterra. Há fontes que dizem que quando a garota soube que iria para as mãos dos inimigos, ela se jogou da torre em que estava presa. No entanto, sua tentativa de suicídio não funcionou.

Em 1431, D’Arc foi levada para julgamento e as acusações que pairavam sobre si eram todas de ordem religiosa. Ela foi chamada de bruxa, herege, possuída pelo demônio, entre outros. Sua virgindade foi questionada e até o fato de ela utilizar roupas masculinas foi uma alegação que os anglo-borgonheses utilizaram para descreditar a camponesa.

Enquanto ela era julgada, o rei Carlos VII não fez nenhum esforço para recuperá-la. “Isso sugere que, por mais difícil que pareça, Carlos e seus conselheiros estavam desiludidos o suficiente para tolerar a condenação dela como herege”, escreve a historiadora Warner.

Em 30 de maio de 1431, Joana D’Arc foi levada para a fogueira.
Enquanto o fogo se espalhava por seu corpo e a plateia a chamava de 'bruxa', “mentirosa” e 'blasfema', ela pronunciava suas últimas palavras, 'Jesus! Jesus! Jesus', até não conseguir dizer nada mais."
<https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2018/05/joana-darc-relembre-historia-da-guerreira-e-santa-francesa.html>
 

 

Infelizmente, não havia nenhum Jesus para defender a pobre moça da atrocidade dos outros representantes desse mesmo Jesus.

 

Como muito acertadamente observou Steven Weinberg,
"Com ou sem religião, pessoas boas fazem coisas boas e pessoas más fazem coisas más; mas, para pessoas boas fazerem coisas más, é necessária a religião".

 

Só mesmo a maldita religião poderia levar uma multidão a aplaudir a extrema crueldade de queimar uma jovem viva.  Ante essa e outras barbaridades, sempre acho que vale todo esforço para extirpar da face da Terra esse mal.

 

Ver mais sobre  O PERIGO DA RELIGIÃO NO PODER

 

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