KIT COVID E HEPATITE MEDICAMENTOSA

 

Unicamp confirma caso de hepatite medicamentosa relacionada ao 'kit covid'
 

Presidente Jair Bolsonaro já fez divulgação da cloroquina como solução para covid-19

Imagem: ADRIANO MACHADO
Colaboração para o UOL, em São Paulo
24/03/2021 09h21

O Hospital das Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) confirmou que identificou um caso de hepatite medicamentosa relacionada ao uso do "kit covid" - tratamento sem eficácia comprovada, com uso de azitromicina, hidroxicloroquina e ivermectina.

O paciente é morador de Indaiatuba, tem cerca de 50 anos e não possui histórico de outras doenças. Cerca de 3 meses depois de se livrar da covid-19, ele apresentou pele e olhos amarelados. Ele assumiu que utilizou ivermectina, hidroxicloroquina e azitromicina, além de zinco e vitamina D.


Ilka Boin, professora e médica da unidade de transplante hepático do HC, explicou como identificou a hepatite medicamentosa no paciente. "Ele chegou com uma síndrome de doença hepática pós-covid. Mas quando analisamos, vimos que não se enquadrava muito bem na síndrome. Tinha alterações específicas e analisamos a biópsia. Era, na verdade, uma hepatite medicamentosa que causou a destruição dos dutos biliares, e o paciente tinha usado somente, nos últimos quatro meses, remédios do 'kit covid'", relatou ela em entrevista à EPTV.

A médica informou que o paciente terá que fazer transplante de fígado e quase foi operado com emergência. "As lesões foram bem importantes. No começo a gente ia até indicar o transplante de urgência, mas ele foi melhorando conforme foi sendo tratado e avaliado."

Segundo Ilka, duas pessoas com quadros clínicos semelhantes morreram antes dos estudos clínicos serem concluídos ou do transplante de fígado ser efetuado. "Até semana passada, a gente só tinha esse caso. Da semana passada para cá, nós já soubemos de mais quatro [em outras cidades]. Talvez comecem a aparecer mais", completou.

O "kit covid" ficou famoso por causa do governo federal. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Ministério da Saúde já defenderam o uso dos medicamentos do "kit covid" como solução para a pandemia de covid-19. Recentemente o governo federal abandonou esse discurso, mas o presidente ainda cita o "tratamento precoce", que é relacionado a esses medicamentos, mas não tem eficácia comprovada.

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia os termos de uso
ELSON DIAS DA SILVA
26/03/2021 10h44

GRIPEZINHA? Em cada mil pessoas infectadas pela COVID-19 cerca de 900 nem precisam de ajuda médica, mas 14 morrem e os demais sobrevivem se conseguir UTI. Nos ensaios, 50% dos pacientes recebem CLOROQUINA e os outros 50% recebem PLACEBO DE AÇÚCAR, numa distribuição aleatória e desconhecida dos pacientes. Estudos já mostraram que tomar Cloroquina ou placebo tem os MESMOS resultados. Então, nesta distribuição BEM CONHECIDA, em cada DEZ infectados pela COVID-19, NOVE deles nem precisam tomar nada, apenas ficar isolados para não contaminarem outras pessoas. NESTAS PREMISSAS 1 milhão de infectados resulta em 14 mil mortes, 10 milhões em 140 mil mortes, 100 milhões de infectados resultaria em 1,4 milhão de mortes. ESTAMOS PASSANDO DE 300 MIL MORTES, isto quer dizer que mais de 21 milhões já foram infectados. A MORTALIDADE DEVERÁ REDUZIR assim que as pessoas ficarem com medo da MORTE CHEGANDO CADA VEZ MAIS PERTO. Isto se chama CIÊNCIA.
<https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2021/03/24/unicamp-confirma-caso-de-hepatite-medicamentosa-relacionada-ao-kit-covid.htm>

 

Essa constatação da Unicamp nos informa que o kit covid não é simplesmente inócuo, mas pode ser nocivo.

 

Ver mais COMEMORAÇÕES, FATOS E MITOS

 

..

.