A MALDIÇÃO DE NOÉ

 

 

"E começou Noé a ser lavrador da terra, e plantou uma vinha.
E bebeu do vinho, e embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda.

E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez do seu pai, e fê-lo saber a ambos seus irmãos no lado de fora.
Então tomaram Sem e Jafé uma capa, e puseram-na sobre ambos os seus ombros, e indo virados para trás, cobriram a nudez do seu pai, e os seus rostos estavam virados, de maneira que não viram a nudez do seu pai.
E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu filho menor lhe fizera. E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos.
E disse: Bendito seja o Senhor Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo."
(Gênesis 9:20-26).

 

Noé, aquele homem "justo e perfeito em suas gerações", que "andava com Deus" (6:9; 7: 1) ao se recuperar de sua embriaguez, "descobriu o que seu filho caçula lhe havia feito"  (o que será ele fez além de olhar para o pai?!).  O "justo e íntegro" Noé, em vez de punir o filho pelo que fez, amaldiçoou o neto e sua descendência condenando-os a escravidão. Este é um caso típico da absurda justiça bíblica e é uma das muitas passagens que têm sido usadas para justificar a escravidão.  E isso não seria apenas uma estupidez humana, mas algo aprovado pelo deus perfeito deles, que teria feito cumprir toda a maldição de Noé.  Só os religiosos não enxergam o disparate da lenda.

 

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