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OS DOIS LADOS - OS MORTOS ESTÃO VIVOS?
Há
cristãos e cristãos. Cristãos dizem que Cristo disse, e cristãos
dizem que Cristo não disse. Cristãos creem que os mortos estão
inertes e inconscientes, e cristãos afirmam que os mortos estão
vivos e no céu ou no inferno.
CRISTÃOS MORTALISTAS
Questões Bíblicas para análise:
1) Se a pessoa ao morrer fosse para o céu ou para o
inferno, que necessidade haveria de Jesus voltar e nos ressuscitar,
se já estivéssemos no céu? (os de Cristo, na sua vinda - I Cor.
15:23). É ilógico Jesus enviar-nos do céu 'em
espírito' para a sepultura para depois ter de ressuscitar. Como
harmonizar a doutrina da ressurreição com a doutrina imortalista?
2) Como crer que ao morrermos vamos para o céu se
em Hebreus 11:39 e 40 os heróis da fé ainda
não obtiveram a concretização da promessa, pois Deus não quer
que sem nós eles sejam aperfeiçoados? (Lembremos de I Cor. 15:20).
3) Como crer na doutrina da imortalidade da alma
sendo que a eternidade do homem era condicional à obediência a Deus,
e por desobedecer Adão foi privado da árvore da vida para que não se
tornasse imortal como Deus? Nós não comemos da árvore da vida...
(Gênesis 3:22-23). Porque iremos comer da árvore da vida no céu se
nosso espírito é imortal? (Apocalipse 22:2).
4) Se somos imortais, porque devemos ainda “buscar
a imortalidade e a incorruptibilidade”? (Romanos 2:7). Se devemos
buscar, é porque não a temos.
5) Porque Jesus diz ser a morte um sono? (João
11:11-14) Porque Jesus disse, após Sua ressurreição, que durante a
morte “ainda não tinha subido para o Pai?” (João 20:17).
6) Como harmonizar a doutrina da imortalidade da
alma com o texto de Mateus 16:27, no qual diz que “a recompensa será
dada quando Jesus voltar”? Se estivessem os mortos no céu ou no
inferno, já teriam recebido a recompensa...Tal doutrina (vida após a
morte) não se harmoniza com a doutrina do Juízo.
7) Jesus disse em João 11:25: “... Eu sou a
ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto,
viverá; (João 11:25 grifo meu); Ele não disse: “... ainda que morra,
vive...”. “Ao contrário, Ele declarou, que no futuro trará da
sepultura aqueles que morreram nEle. Veja João 5:28 e 29”.
(www.jesusvoltara.com.br/atuais/alma_espirito.htm)
Isso
parece muito claro.
Mas
vejamos também a clareza do lado imortalista.
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CRISTÃOS IMORTALISTAS
"Porque também Cristo morreu uma só vez pelos
pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na
verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito; no qual também
foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo
foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de
Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, isto é, oito
almas se salvaram através da água, 21 que também agora, por uma
verdadeira figura-o batismo, vos salva, o qual não é o despojamento
da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para
com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo" (I Pedro, 3: 18-21).
"Pois é por isto que foi pregado o evangelho até aos mortos,
para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne,
mas vivessem segundo Deus em espírito." (I Pedro, 4: 3).
Se os mortos estão inconscientes, por que o evangelho foi
pregado aos mortos?
"Ora, havia um homem rico que se vestia de
púrpura e de linho finíssimo, e todos os dias se regalava
esplendidamente. Ao seu portão fora deitado um mendigo,
chamado Lázaro, todo coberto de úlceras; o qual desejava
alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os
próprios cães vinham lamber-lhe as úlceras. Veio a
morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão;
morreu também o rico, e foi sepultado. No inferno, ergueu os
olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no
seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de
mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me
refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em tua vida
recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora,
porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado. E além
disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que
os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá
passar para nós." (Lucas, 16: 19-26).
Aí também está bem claro, Lázaro morreu e foi para o céu; o rico
morreu e foi para aquele lugar de eterno tormento. Diz
os outros cristãos que isso é apenas uma parábola. Mas uma
parábola é uma figura que se deve basear em realidade.
Se a predileção pelos pobres, ou a situação dos judeus e dos gentios,
como querem os cristãos, se poderia ilustrar pelo pós morte de um
rico e um mendigo, o autor da parábola estava de acordo que após a
morte o homem segue para o céu ou para o inferno. |
Quem está com razão? Não é a chamada palavra de
Deus que diz claramente uma coisa e outra? Afinal, os mortos estão
inconscientes, dormindo no pó da terra, ou estão conscientes e podem
ouvir o evangelho e se salvar? Mas outra contradição se
encontra dentro do próprio lado imortalista:
por que Jesus teria
pregado o evangelho a mortos para que pudessem ser salvos, e o rico
e o Lázaro tiveram selados seus destinos, não havendo mais volta?
O que ocorreu, que cristão nenhum admite, é que
uns dos autores bíblicos criam que o homem morre, dorme e acorda no
dia quem o filho de deus retornar; outros autores já criam que, após
a morte, o homem tem um espírito que se desprende do corpo e
continuam vendo, ouvindo e sentindo tudo como os vivos, além do que,
entre estes últimos há uma subdivisão: uns acreditavam que ainda há
esperança para os mortos, e outros criam que, após a morte nada pode
ser mudado no destino do homem.
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