Depois do "pontocom", o "ponto" mais procurado por quem busca
sexo e prazer é o tal do Ponto G. Ponto de Grafenberg, G Spot
para os ingleses, o polêmico local situados na vagina seria o
responsável por um dos maiores mitos do século que passou.
Há os que afirmam que as probabilidades de sua existência são
tão incosistentes quanto à dos gnomos, mas, como estes, tem
enorme popularidade. Nos últimos tempos, tornou-se o verdadeiro
graal do sexo, não faltando os peregrinos fanáticos que partiram
em sua busca a qualquer preço, sem jamais conseguir sucesso, e
os fiéis que garantem terem presenciado sua aparição durante o
ato sexual.
Dizem que há provas de que o ponto G seja mesmo o responsável
pela ejaculação feminina, que, segundo a lenda, chega a jorrar
em quantidades de fazer inveja aos produtores de sêmen - os
homens. Descoberto, ou inventado, pelo obstetra alemão
Ernst Grafenberg no final da década de 40, sua localização dá
margem a especulações sobre a existência de algo ali, mais ou
menos três centímetros adentro na vagina. Lá existe uma grande
confluência de terminais nervosos, o que é garantia de
sensibilidade, mas nem todas as mulheres são sensíveis a ponto
de aumentar o seu tesão durante uma transa.
Há discussão, mas, embora haja exceções, em regra podemos dizer
que esse ponto realmente existe.
Matéria da revista Superinteressante é afirmativa.
"O ponto G existe?
por Texto Juan Torres
Sim. Pelo menos foi o que concluiu um estudo realizado por uma
equipe da Universidade de L’Aquila, na Itália, e publicado em
fevereiro no Journal of Sexual Medicine. Os pesquisadores,
liderados pelo ginecologista Emmanuele Jannini, estudaram um
grupo de 20 mulheres – 9 delas diziam já ter tido orgasmos
vaginais, as outras 11 não.
Nas 9 primeiras, uma ultra-sonografia detectou um espessamento
no tecido uretrovaginal (ver infográfico), imediatamente
associado ao ponto G. Essa região, descrita na década de 1950,
nunca havia sido visualizada com clareza. “É o fim das opiniões
e o começo da ciência. Agora é possível estudar o assunto com um
método muito simples”, disse Jannini, por e-mail, à SUPER. Para
ele, o ponto G é uma estrutura congênita que determina a
capacidade da mulher de ter orgasmos sem a estimulação do
clitóris. Mas a comunidade científica é um pouco mais cautelosa.
Beverly Whipple, neurofisiologista da Universidade de Rutgers,
em Nova Jersey, e uma das responsáveis pelo estudo que deu o
apelido à região, concorda que o ponto G existe, mas não acha
que ele seja condição para o orgasmo vaginal. E mais: acredita
que todas as mulheres tenham ponto G, mas que o espessamento do
tecido possa ser conseqüência de estímulos sexuais mais
freqüentes ou eficientes. Para tirar a dúvida, seria preciso
fazer o exame antes e depois de provocar esse estímulo. “Hoje, o
que podemos afirmar com certeza é que há uma área sensível na
parede frontal interna da vagina que incha e produz uma sensação
analgésica quando estimulada”, diz Whipple." (Superinteressante,
junho/2008, pág. 38)
Veja o MAPA DO PONTO G