12/02/2015
Tão justificável como a história da cegonha trazendo bebês é a crença no criacionismo. Mas ainda há quem queira torná-lo ensino obrigatório nas escolas.
“Marco Feliciano desarquiva projeto criacionista para escolas e cientistas protestam para impedir.
A proposta é criticada por cientistas, pois, segundo eles, o criacionismo não é ciência.
Marco Feliciano: O político evangélico brasileiro de maior ousadia em todos os tempos
O projeto de lei 8.099/2014, que pede o ensino do criacionismo na educação básica do país, foi desarquivado nesta quinta-feira (12) pelo deputado Marco Feliciano, autor da proposta.
O texto foi arquivado no dia 31 de janeiro de forma automática, seguindo o regimento interno da Câmara para todos os projetos apresentados que não foram analisados durante a legislatura iniciada em 2011.
Mas pelas regras o autor pode solicitar o desarquivamento do projeto e foi isso que Marco Feliciano fez.
Reeleito, com 398 mil votos, o deputado evangélico foi o terceiro mais votado para deputado federal por São Paulo, perdendo apenas para figuras públicas como Celso Russomano (PRB) e Tiririca (PR).
Ao pedir o ensino do criacionismo nas escolas, Feliciano se justifica no texto do projeto dizendo que as crianças que frequentam escolas públicas estão confusas por aprenderem o evolucionismo e depois o criacionismo nas igrejas.
O texto apresentado por Feliciano é o mesmo de autoria do deputado estadual Artagão Jr. (PMDB) que atua na Assembleia Legislativa do Paraná.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo
<http://pastoronline.net.br/destaques/marco-feliciano-desarquiva-projeto-criacionista-para-escolas-e-cientistas-protestam-para-impedir/>
Por que cientistas protestam? É algo muito nocivo para a educação estabelecer como ensino obrigatório nas escolas uma idéia primitiva anticientífica. Cientificamente, ensinar o criacionismo não é mais justificável do que dizer para as crianças que é uma cegonha que traz os bebês para as mães.
Esse é mais um dos fatos que mostram a nocividade de dominação religiosa do poder político. Felizmente, essa aberração foi descartada.
Ver mais sobre O RISCO DE UM ESTADO RELIGIOSO