SETE DICAS PARA NÃO CAIR EM BOATOS
Guia contra fake news: 7 dicas para não
cair em boatos sobre a covid-19
Especialista em checagem de notícias falsas oferece passo a passo para não se
enganar ao receber informações sobre o novo coronavírus
Guilherme Padin, do R7
15/04/2020 - 02h00
Um grande adversário da população mundial durante a pandemia do novo coronavírus,
as fake news se renovam a cada dia, enquanto boatos anteriores ainda são
desmentidos. Neste contexto, é importante estar preparado para todo tipo de
informação recebida nas redes sociais. A fim de criar um passo a passo contra os
boatos sobre o vírus da covid-19, o R7 falou com Gilmar Lopes,
responsável pelo e-farsas, site que desde 2002 separa o que é verdadeiro e o que
é falso entre as mensagens espalhadas pela web. Confira as dicas!
1 - Verifique em veículos de notícias
Gilmar Lopes comenta que uma simples busca
na web mostra se os jornais estão falando sobre o assunto. “Na maioria das
vezes, aquela notícia bombástica que você recebeu no grupo da família foi
inventada e, por isso, nenhum jornal publicou a respeito! Na dúvida, cruze as
informações de mais de um veículo”, aconselha.
Veja também: Por que suplementos e
vitaminas não são solução contra o coronavírus?
2 - Quanto mais alarmista, menos
confiável
“Sabe aquele texto que te mandaram,
dizendo que foi descoberto o maior esquema fraudulento de todos os tempos do
mundo todo? Perceba o quão chamativo é o layout do alerta”, orienta. Segundo
ele, textos alarmistas, escritos em letras maiúsculas ou com letras coloridas e
chamativas, são escritos assim para chamar a atenção do leitor. Dessa forma,
comenta o especialista, as chances de o boato ser repassado aumentam muito
3 - Quem escreveu?
“Desconfie de textos anônimos e não
acredite em tudo o que lê na web. Muito menos se o tal alerta veio ‘do amigo de
um primo’. Já reparou que tem algumas notícias que chegam até você sem que não
se tenha a menor ideia de quem escreveu?”, questiona Gilmar, que comenta que a
maioria dos criadores de fake news se esconde atrás do anonimato
4 - A cura não é tão simples
Ao se deparar com uma notícia sobre
possíveis curas já disponíveis, cuidado: Gilmar lembra que muitos boatos
digitais disseminados em nome do coronavírus são versões atuais de correntes que
prometiam curas de outras doenças com produtos simples. “Um exemplo é a fake
news que circulou em 2019, afirmando que o chá de erva-doce curaria o H1N1. Em
2020, esse mesmo texto voltou a circular, só que agora o chá também curaria a
COVID-19 e já desmentimos com a ajuda do Ministério da Saúde. No momento, não há
nenhuma vacina para o coronavírus”, pontua
5 - Verifique a data da publicação
Gilmar avisa que, em alguns casos, a
manipulação se dá de maneira discreta: a notícia pode até ser real, mas é antiga
e não serve para o atual contexto. Como exemplo, ele cita notícias que afirmam
que o número de casos confirmados do coronavírus no Brasil é de 200 pessoas. No
entanto, a publicação da notícia foi no dia 15 de março. Hoje, um mês depois, o
número é substancialmente maior
6 - Desconfie de textos conspiratórios
“Ao receber textos do tipo ‘só a gente
sabe disso, hein?’ ou ‘repassem ao maior número de pessoas antes que tirem do
ar’, desconfie! Jornais sérios não noticiam dessa forma”, afirma Gilmar. Segundo
ele, textos contendo frases como ‘essa informação deixou muitas pessoas
chocadas’ também devem ser tratados com desconfiança.
7 - Na dúvida, não compartilhe
O mais simples dos conselhos, mas não
menos importante: se recebeu alguma notícia e ficou na dúvida sobre sua
veracidade, não repasse. “Nossa dica é: pelo sim, pelo não, é melhor o não”, diz
GilmarVeja também: Fake news circulam nas redes e desinformam sobre coronavírus
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