SUBSTITUÍMOS O B PELO V

Essa palmeira espinhosa é um dos poucos palmitos que encontrávamos no local onde nasci.  Só aos sessenta e seis anos, vim a descobrir que pronunciava errado o nome dela.   O seu nome é “brejaúba”, há havendo a variante “brejaúva”, seguindo uma tendência da nossa língua de substituir o “b” pelo “v

No primeiro ou segundo ano primário, ouvi minha professora dizer que “lobo é um bicho bravo que come a gente”.   Aí, descobri que nós do local falávamos errado.  Nós dizíamos “brabo”, que hoje é uma forma arcaica do adjetivo.    E muitas outras palavras onde atualmente usamos o “v” continham o “b” em passado não muito distante.   Alvo, no latim era “albus“.    Assobiar tem a variante “assoviar”, uma forma que nunca me agradou.  Parece que meus ouvidos gostam mais do “b” do que do “v”.

Certa vez, ouvi alguém dizer “brejaúba”, pensei que a pessoa estivesse falando errado.  Nós do local dizíamos “bejaúba”; e só recentemente vim a descobrir que “brejaúba” é que é a forma correta.   E já existe a variante “brejaúva”, confirmando a tendência da língua.  

Sem procuro usar mais as formas oficiais.  Mas, vez ou outra, descubro que já aprendi a falar usando forma ainda chamada de variante.  Nossa tendência de substituir o “b” pelo “v” ocorre de forma lenta e nos é imperceptível; mas é  contínua.  

Ver mais AJUDA GRAMATICAL

Compartilhe este conteúdo:
WhatsApp
Telegram
Facebook
Twitter
Pinterest
Veja também