Lendo texto de 1918, descobri que naquele tempo "ontem" era "hontem". (Se
você só ouvir não vai entender, porque o "h" inicial não vale nada, não tem
utilidade nenhuma).
Recentemente, os anciãos doutores da língua se reuniram e eliminaram o trema
(¨). Acho que, dada a idade avançada, já não estavam raciocinando muito e
o fizeram em vez de eliminar o inútil "h" que existe no início de um grande número de
palavras.
O "h" no início de palavras não tem utilidade nenhuma. Mas o trema tinha
uma bem grande: informar às pessoas se um "u" deve ser pronunciado quando nas
sílabas "gue", "gui", "que" e "qui". Isso era importante. Agora,
quem vier de fora para aprender a nossa língua vai ter mais esta dúvida: esse
"u" é sonoro, ou não? E os daqui vão começar a pronunciar diferente
também, assim como já o fazem em outros casos. "Nucléico", que
perdeu o acento, já estava sendo "nuclêico" para um punhado de pessoas, mesmo com
aquele tão visível acento. Agora, vai virar "nuclêico"
mesmo!
Diante de mais esse probleminha que se adicionou aos muitos que já existiam na
nossa língua, eu proponho a troca do "h" inicial pelo trema. Será muito vantajoso
para os nossos futuros falantes. Como dizia o Sinhozinho Malta, tô certo
ou tô errado?