De onde surgiu a expressão “uai”?
Alguém, respondendo pergunta no Yahoo Resposta, deu esta explicação:
“Na verdade o termo UAI falado pelos mineiros, e também pelos goianos, é, digamos, o “acochanbramento” de uma expressão inglesa, o why. Ela foi introduzida no Brasil na época das construções das primeiras ferrovias brasileiras. Os ingleses ao chegarem aqui, viam a fartura de nossa vegetação, principalmente com relação às frutas, algo que é muito raro em seu país. Admirados com tamanha fartura, eles soltavam expressões de surpresa “why!”. E como pessoas da região estavam sempre em contato com esses ingleses, eles foram pegando a mania de falar essa expressão, mas em diversos contextos. Essa palavra foi aportuguesada e se tornou o nosso famoso UAI.
Fonte(s): Meu professor de inglês (ele é descendente de ingleses) certa vez mensionou essa explicação durante uma aula”
(NOXALI – http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20060811132331AA0LFy4)
Mas temos outra explicação para a origem da palavra:
“O leitor e amigo Saulo Santiago, de Brasília, DF, traz interessante contribuição à coluna: O berço da expressão popular dos mineiros UAI. Segundo o odontólogo Dr. Sílvio Carneiro e a professora Dorália Galesso, foi o presidente Juscelino Kubitschek que os incentivou a lhe pesquisar a origem. Depois de exaustiva busca nos anais da Arquidiocese de Diamantina e em antigos arquivos do Estado de Minas Gerais, Dorália encontrou explicação provavelmente confiável.
Os Inconfidentes Mineiros, patriotas, mas considerados subversivos pela Coroa Portuguesa, comunicavam-se através de senhas, para se protegerem da polícia lusitana. Como conspiravam em porões e sendo quase todos de origem maçônica, recebiam os companheiros com as três batidas clássicas da Maçonaria nas portas dos esconderijos. Lá de dentro, perguntavam: quem é? E os de fora respondiam: UAI – as iniciais de União, Amor e Independência. Só mediante o uso dessa senha a porta seria aberta aos visitantes.
Conjurada a revolta, sobrou a senha, que acabou virando costume entre as gentes das Alterosas. Os mineiros assumiram a simpática palavrinha e, a partir de então, a incorporaram ao vocabulário quotidiano, quase tão indispensável como tutu e trem. Uai, sô ….”
(extraído do O Berço da Palavra, por Márcio Cotrim, no Revista do Correio, suplemento do Correio Braziliense de 18/01/2009 – www.marciocotrim.com.br)
Quem estará dizendo a verdade? A segunda informação, dada a menção de três pessoas da nossa história, me parece mais confiável.