Chegou 2007. Mais uma vez estamos no fim do mundo.
Estamos
passando mais uma vez pelo período da grande tribulação. Na década de 1990,
existiu essa expectativa. E, se você não se lembra, ou não tomou conhecimento,
na década de 1980 também já estivemos nos últimos sete anos do mundo. E, se você
não conhece bem a Bíblia, ou a conhece como os religiosos explicam, fique
sabendo que o fim dos pecados e o estabelecimento da justiça eterna foi
previsto para ocorrer há bem mais de dois milênios e meio. Mais uma vez a
volta de Jesus está próxima. Até quando continuaremos vendo e ouvindo essas
previsões?
2007, segundo previsão piramidológica, é o limite da história da humanidade. Mas
a previsão de que vamos falar aqui leva o mundo um pouquinho para frente. Os
últimos três anos e meio são contados a partir da morte do Papa João Paulo II.
Assim o fim deverá ser, segundo esses videntes, no final de 2008.
"A duração da grande tribulação é oficialmente estabelecida em sete anos, ou
"uma semana de anos", terminologia criada por Moisés e empregada nas revelações
do profeta Daniel. Trata-se exatamente da última semana de anos (últimos sete
anos) das "setenta semana de anos" que lhe foram reveladas. É o tempo final do
nosso mundo, que será destruído em grande parte para ser inteiramente renovado
pelo poder de Deus. Na esteira da destruição acontecerá também "o fim da
prevaricação pela redenção dos pecados e expiação da iniqüidade, instauração de
uma justiça eterna, fim [cumprimento] das visões e profecias e a unção do Santo
dos santos" (Dn 9,24).
Esses últimos sete anos que precedem a vinda de Cristo se dividem em dois
períodos iguais, de três anos e meio cada um, isto é, 42 meses ou 1.260 dias -
períodos mencionados quatro vezes em Daniel e cinco no Apocalipse.
Nos primeiros três anos e meio, as turbulências serão de menor gravidade, e os
acontecimentos ou tripulações permanecem ocultos, sendo que poucos fatos vêm à
tona. Nos bastidores da história, secreta e ardilosamente, armam-se esquemas e
tramas que irão evoluir em grandes catástrofes nos anos seguintes.
No segundo período, que terá início com a morte ou afastamento do Papa João
Paulo II, será oficialmente abolido o santo sacrifício da missa, começando, a
partir daí, a precipitação dos graves acontecimentos. Vejamos o que diz
Daniel: "No meio da semana cessará o sacrifício e a oblação" (Dn 9,27).
Designa-se esse fato também como "abominável desolação", expressão consagrada
posteriormente nos Evangelhos, onde Jesus acrescenta: "Quem ler o profeta
Daniel, procure entender" (Mt 24,15).
A partir desse marco inicial - a supressão oficial do santo sacrifício da
missa -, que Jesus, em Suas atuais mensagens a Vassula, denomina "o Meu
sacrifício perpétuo", a situação irá se agravando mais e mais. Começará pela
abertura dos sete selos, degenerando em catástrofes sempre maiores à medida que
se aproximam os derradeiros dias desses três anos e meio.
O Apocalipse desenha o avanço do caos em três escaladas ou séries: são os sete
selos que se abrem, as sete trombetas que ressoam e as sete taças derramadas.
Não se trata de três conjuntos sucessivos de fatos, e sim de três conjuntos de
acontecimentos paralelos. O número sete deriva provavelmente dos sete anos da
grande tribulação, mas não tem nexo algum com os sete anos propriamente ditos,
já que a maioria dos fatos indicados ocorre no final do sétimo ano. O
paralelismo se confirma, por exemplo, no sexto selo, sexta trombeta e sexta
taça: são três acontecimentos cruciais, praticamente simultâneos, terríveis
catástrofes situadas no período final da grande tribulação. A identidade dos
fatos é nítida entre a sexta trombeta e a sexta taça, ao passo que a abertura do
sexto selo, que acontecerá "logo após a tribulação daqueles dias" (Mt 24,29; Mc
13,24), tem particular afinidade com a sétima taça".
(http://www.geocities.com/athens/aegean/6156/sec3.htm)
Após a morte de Alexandre Magno, o poderoso império grego foi dividido entre
seus quatro generais: Cassandro, Lisímacus, Ptolomeu e Seleucus. Conforme
registrado no primeiro livro dos Macabeus, o rei sírio Antíoco IV, o oitavo da
dinastia selêucida (de Seleucus) tentou acabar com a religião judaica
substituindo Onias, o ungido sumo sacerdote judeu, destruindo o templo de Jerusalém e
oferecendo sacrifícios aos seus deuses sobre o altar de Yavé e proibindo os
hebreus de praticar a sua religião. Ele fez "cessar o sacrifício contínuo e a
oferta pelos pecados" (Daniel, 9: 27). Após anos de "grande tribulação"
sofrida por aquele povo, um judeu chamado Judas, diante da desolação em que se
achava a cidade santa, preparou seu exército contra o opressor e conseguiu
vencer a guerra, restaurando o santuário. Naqueles dias é que devem ter
aparecido as predições constantes dos capítulos 8 a 12 de Daniel, que são tidas
como escritas cerca de quatro séculos antes pelo profeta, que vivia na corte de
Nabucodonozor. (Para maiores detalhes, veja
).
A predição levam os judeus a acreditarem que dali em diante seria estabelecido
seu reino eterno. Mas, como sabemos isso não ocorreu. Como os hebreus se
livraram de Antíoco IV, mas não formaram o reino eterno que a profecia prometia
(capítulos 8 a 12), e caíram sob o poder romano, talvez seja nessa época que
tenha surgido a visão do capítulo 7.
O capítulo 7 de Daniel fala de um período de destruição do poder do povo santo
muito semelhante ao que consta dos capítulo 8 a 12; todavia, o agente autor do
assolamento já seria alguém procedente de um império poderoso simbolizado por um
animal terrível, de dez chifres, com dentes de ferro, que todos dizem ser o
Império Romano. No final desse tempo de sofrimento, à semelhança da predição do
capítulo 8, deveria vir o reino eterno do povo de Yavé.
Coincidentemente, no ano 70 da era atual, o exército romano destruiu a cidade
santa e novamente começou um período muito apropriadamente chamado de "grande
tribulação". Os judeus foram dispersos pelo império, perdendo sua pátria. Alguns
anos depois das destruição da cidade santa, foram escritos os vários evangelhos
cristãos, dos quais no século IV a igreja cristã romana escolheu quatro para
fazer parte da bíblia cristã.
Nos evangelhos de Mateus e de Lucas, consta Jesus, o messias dos cristãos, ter
avisado aos seus seguidores sobre a destruição da cidade, dizendo ser "o
abominável da desolação de que falou o profeta Daniel" (Mateus, 24: 15).
(Isso também só foi escrito depois do fato, a destruição de Jerusalém) Aí
estava, pela terceira vez, a promessa do reino: "Logo depois da tribulação
daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão
do céu e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do
Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do
homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus
anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde
os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus" (Mateus, 24: 29-31).
Observe-se que, cada vez que o tempo passa, e a profecia não se cumpre, aparece
alguém para reeditá-la adaptada ao seu tempo. Só os religiosos não
percebem isso. rs
Para os cristãos primitivos, a destituição e
substituição do ungido (sacerdote Onias) passou a
ser a crucifixão de Jesus; a cessação do sacrifício (quando Antíoco profanou o
templo judeu e tirou de Onias o "sacrifício contínuo", substituindo os sacrifícios da Lei Mosaica pelos sacrifícios aos
seus deuses) passou a ser tida como a abolição do sacrifício de animais através
do sacrifício de Jesus, que é o cerne da doutrina cristã.
O fim da primeira profecia diz: "E desde o tempo em que o holocausto contínuo
for tirado, e estabelecida a abominação desoladora, haverá mil duzentos e
noventa dias" (Daniel, 12: 11). Fala também de "um tempo, dois tempos, e metade
de um tempo", três anos e meio (Versículo 7).
Novamente a profecia falhou, porque nada se cumpriu em três anos e meio após a
crucificação de Jesus. Como Jerusalém foi destruída pelos romanos pouco mais de
trinta anos depois da época que dizem ter ocorrido a execução de Jesus, daí é
que deve ter surgido uma nova interpretação: cada dia representaria um ano.
Assim, esse período de grande tribulação chegaria ao ano 1330.
O ano 1330 passou e mais vários séculos, até que, no século XIX, um grupo de
protestantes americanos fez nova interpretação das profecias de Daniel, dizendo
que o assolador era o poder papal, sendo os três anos e meio os mil duzentos e
sessenta anos de 538 a 1798, ano em que o papa foi aprisionado por Napoleão
Bonaparte. Dessa interpretação, surgiu a Igreja Adventista do Sétimo Dia, para
quem Jesus estava prestes a chegar, como continua às portas até hoje.
No século passado, na década de 80, um novo interprete considerou que
os dez
reinos seriam a Comunidade Econômica Européia, que, nos dias em que ele
escrevia, 1982, contava exatamente com dez países. Disse: "Portanto, a união da
Europa é um seguro sinal dos tempos. Sinal que se tornou mais evidente quando a
Grécia foi escolhida para completar o número de dez países membros do Mercado
Comum Europeu. Jesus vem breve!" (Abraão de Almeida, em Deus Revela o Futuro,
página, 29).
Tão seguro estava Abraão de que sua interpretação era a verdadeira! Mas bastaram
apenas mais quatro anos, para que a Espanha e Portugal quebrassem a harmonia do
seu cumprimento profético.
Esta é a história da COMUNIDADE ECONÔMICA EUROPÉIA (European Economic Community)
- "Criada em 1957 (Tratado de Roma) pela Alemanha, Bélgica, França, Itália,
Luxemburgo e Holanda; em 1973, aderiram a Dinamarca, a Grâ-Bretanha e a Irlanda;
em 198l, a Grécia foi admitida, seguida de Portugal e Espanha em 1986"
(Almanaque Abril, 1990, página 637). Em 1986, já não era mais dez o número de
países componente da comunidade, mas DOZE. O reino da "ponta pequena", que
abateria "três reinos" (Daniel, 7: 7, 8 e 24) não apareceu. (Para maiores
detalhes, veja ).
Na década seguinte, apareceu nova interpretação:
"Esta profecia das sessenta e nove semanas foi cumprida literalmente desde a
ordem para restaurar Jerusalém até a morte de Jesus e a destruição de Jerusalém.
Somente agora depois de muitos anos é que podemos ver os sinais da septuagésima
semana ou última semana, que são os últimos sete anos do mundo divididos em dois
tempos: três anos e meio mais três anos e meio... Isto é o que podemos ver
literalmente com estes acordos mundiais e a dissolução do comunismo. Cada um
procura como exercer domínio sobre os outros. Até que se levante um homem, na
metade dos sete anos, que com a ajuda de dez países, tome o domínio total do
mundo, este homem é chamado pelos apóstolos de o anti-Cristo ou a besta, disse o
profeta em Apocalipse..." (Revelação, nº 1, abril/90, pág. 3 e 4).
Em 1992, um dos pregadores dessa idéia chegou até a apontar Boris Yeltsin como a
pessoa que representaria a besta do Apocalipse e o assolador da profecia de
Daniel.
Mais uma vez, os anos passaram com seus intérpretes, e
nem besta, nem cordeiro,
nem fim do mundo.
Agora, a mais nova é essa citada no início deste artigo. A morte do ungido (Sumo
sacerdote Onias) já se tornou a de João Paulo II; a supressão do "sacrifício
contínuo" (sacrifício judaico suprimido por Antíoco IV) é tida como a abolição
da missa. Tendo falecido o papa em 5 de Abril, 2005, o fim de tudo, "últimos
três anos e meio" ficou determinado para outubro de 2008. A morte do papa teria
que ocorrer mesmo, como a de cada um de nós. A missa, por outro lado, deverá
um dia deixar de ser celebrada, mas não agora (se a interpretação fosse algo
certo, ela teria sido suprimida no ano passado). Isso só ocorrerá no dia em que
o conhecimento estiver bem mais avançado, quando o último deus passar para o
campo da mitologia como os milhares de outros que já foram cultuados.
Como vimos acima, os últimos sete anos do mundo não são novidade. Na década de
80 estavam os últimos sete anos do mundo, também na década de noventa se
repetiram esses sete anos. Agora temos esse período determinado novamente. Talvez até ainda se repitam na próxima década. Mas
acredito que um dia esse povo venha a desistir de dizer bobagem.
Vejam
ÚLTIMOS SETE ANOS DE NOVO em 2017.
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