As pessoas não estão ficando piores como muitos pensam. Hoje são bem menos que
no passado os que se comprazem nas maldades.
Estudo:
humanidade está mais inteligente e menos violenta
19/10/2011 - 18:32
Tese é defendida pelo renomado psicólogo canadense Steven Pinker, em artigo
publicado na edição desta quarta-feira na revista 'Nature'
"Apesar de atualmente nos sentirmos constantemente rodeados pela violência, em
séculos anteriores a situação era muito pior." — Steven Pinker, psicólogo
canadense
"A afirmação popular de que o século XX é 'o mais sangrento da história' é uma
mera ilusão que dificilmente pode ser apoiada em dados históricos."
A sensação de que nunca houve tanta violência como nos tempos modernos é
ilusória e dificilmente resistiria à pesquisa histórica. Segundo um estudo
publicado nesta quarta-feira na revista Nature, nunca
houve, proporcionalmente, tão poucos assassinatos e tão pouca violência,
de um modo geral. O defensor da tese é o renomado psicólogo canadense Steven
Pinker. De acordo com ele, em termos históricos, as pessoas estão cada vez mais
inteligentes, e em consequência disso, menos violentas.
Pinker argumenta que o aumento da inteligência, verificável em pontuações cada
vez mais altas nos teste de raciocínio, é responsável pelo declínio da barbárie
nos últimos séculos. Outros fatores são a alfabetização e o cosmopolitismo, que
estimulam a troca de informações e a realização de acordos entre distintas
sociedades. "Apesar de atualmente nos sentirmos constantemente rodeados pela
violência, em séculos anteriores a situação era muito pior. Impérios em colapso,
conquistadores maníacos e invasões tribais eram comuns", afirma Pinker.
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/estudo-humanidade-esta-mais-inteligente-e-menos-violenta
“Em Paris, no século 16, uma forma popular de entretenimento era a ‘queima de
gatos’, na qual um gato vivo era amarrado e içado num palco e devagar baixado em
uma fogueira. De acordo com o historiador Norman Davies, ‘os espectadores,
incluindo reis e rainhas, se contorciam de dar gargalhadas enquanto os animais,
berrando de dor, eram queimados’. Por mais horríveis que os fatos de hoje em dia
sejam, tal sadismo seria impensável na maior parte do mundo. E esse é só um
exemplo da mais importante e subestimada tendência na história da nossa espécie:
o declínio da violência. Crueldade como entretenimento popular, sacrifício
humano para satisfazer a superstição, escravidão como forma de trabalho barato,
tortura e mutilação como formas comuns de punição e homicídio como a mais comum
forma de resolução de conflitos – todas essas eram características comuns da
vida na maior parte da história humana. Mas hoje elas são raras no Ocidente,
menos comuns em outros lugares do que costumavam ser e largamente condenadas
quando ocorrem. Meu otimismo está na esperança de que o declínio da violência
nos últimos séculos é um fenômeno real e continuará a acontecer” (Steven
Pinker, Psicólogo da Universidade Harvard (EUA), autor de COMO O CÉREBRO
FUNCIONA, Superinteressante, março/2007, pág. 65).
As previsões cristãs sempre foram que, dos terremotos ao comportamento humano,
tudo iria se agravar nos últimos tempos. Entretanto, ao contrário, crueldades
que eram legais naqueles dias, se ocorrem hoje, não têm amparo das leis, a não
ser algumas que se praticam em lugares onde imperam preceitos religiosos.
O futuro não está muito longe de ser o que escrevi em
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