O PORQUÊ DOS GRANDES CÉREBROS ATEUS

21/11/2001

 

Encontramos muitos ateus importantes, entre todos os ramos do conhecimento humano mas não vimos nenhum ignorante ateu, consciente disso” (Luiz Iglesias, médico). Por quê?

“Ou Deus quer impedir o mal e não pode, ou pode e não quer, ou não pode nem quer, ou quer e pode. Se quer e não pode, é impotente; se pode e não quer, é perverso; se não pode e nem quer, é impotente e perverso; se quer e pode, por que não o faz ?” (Epicuro - 341 anos a.C.)

“Se Deus não sabe que existe o mal, Ele não é onisciente. Se Ele sabe que existe, mas não pode evitá-lo, Ele não é onipotente. E se Ele sabe que existe, pode evitá-lo, mas não o faz, Ele não é onibondoso” (Sandro Molina).

Em uma extensa lista, que não irei repetir integralmente, o Dr. Luiz Iglesias apresenta um considerável número de cérebros brilhantes, como: Albert Einistein, cientista alemão de admirável intelecto; Aristóteles, Platão, Sócrates, filósofo gregos; Descartes, Voltaire, Jean Jaques Rouseau, filósofos franceses; Galileu Galilei, gênio italiano da astronomia; José Saramago, escritor português, nobel de literatura/98; Stephen Hawking, renomado astrônomo da atualidade; incluindo Thomas J. Altzer, teólogo americano, autor de vários livros. Eu não poderia deixar de acrescentar aqui Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise, quem mais esquadrinhou a mente humana.  

Observação: Embora Descartes e Galileu Galilei apareçam nessa lista, muitas informações sobre eles indicam que eles não eram ateus, apenas descobriram coisas que batiam de frente com a chamada palavra de Deus, mas eles ainda acreditavam nesse ser sobrenatural.   Eles viveram em uma época em que não havia ainda as provas tão claras da falácia do monoteísmo judaico-cristão.

É algo intrigante, motivo para pensar um pouco sobre uma ideologia, esse pensamento residir nas mentes mais hábeis da sociedade. O arrazoado de Epicuro, complementado pelo de Sandro Molina, bem pode ter sido um dos principais fundamentos a impossibilitar a aceitação da existência de divindade por parte de todos esses grandes pensadores, entre eles um teólogo, pessoa que estuda as divindades. Enquanto alguns vêem Deus na grandiosidade do universo, os maiores conhecedores e estudiosos desse universo não conseguem encontrar nele indícios da existência do sobrenatural, como afirmou o citado escritor José Saramago: “Não sou um ateu total. Todos os dias tento encontrar um sinal de Deus, mas infelizmente não o encontro”; o que justifica as palavras de Luiz Buñuel (Cineasta espanhol, 1900-1983): “Eu continuo ateu, graças a Deus”.

O vasto número de contradições, afirmações anticientíficas e outras absurdas, que nos revela ser a dita palavra divina produto das concepções humanas da época em que foi escrita, é mais do que suficiente para ruir tudo o que restou de fé. Um deus com as qualidades atribuídas pela Bíblia não se poderia deixar anunciar por afirmações contraditórias, anticientíficas, injustas ou absurdas. Se o que se chama palavra de Deus está impregnada dessas características de atraso social, ao invés de justificar a fé, ela a destrói. Se essa palavra está vazia de prova da existência de divindade, e não encontramos qualquer outro fator que se possa considerar manifestação divina, só nos resta acatar o pensamento dos grandes cientistas e filósofos acima e repetir Luis Buñuel: “Eu continuo ateu graças a Deus.”
 

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