
Em muitos contextos, uma religião serve como um agente de pacificação social, dizendo aos pobres e marginalizados que suas dificuldades terrenas são temporárias e que uma verdadeira recompensa virá após a morte, em um “paraíso” prometido. Isso desvia a atenção da busca por soluções práticas e imediatas para as desigualdades sociais. Por outro lado, a religião perpetua a violência, mormente contra a mulher.
Em outras palavras, ao invés de incitar movimentos por justiça social e direitos humanos, as instituições religiosas muitas vezes incentivam a acessibilidade passiva das condições de vida precária, com promessas de redenção no além. Essa ideologia ajuda a manter o ciclo de pobreza e violência, para evitar que as populações afetadas se organizem politicamente para exigir mudanças estruturais.
Além disso, muitas religiões monoteístas têm uma visão conservadora sobre o gênero, promovendo sistemas patriarcais que limitam os direitos das mulheres e das minorias sexuais, além de contribuir para a violência doméstica e outras formas de abuso.
A visão de que uma mulher deve ser submissa ao marido ou à autoridade religiosa é um exemplo claro disso.
Em países onde essas normas são reforçadas por instituições religiosas, a opressão das mulheres está diretamente ligada à perpetuação de uma estrutura econômica desigual. Isso contribui para a pobreza das mulheres, que muitas vezes não têm acesso à educação, ao trabalho formal e aos direitos básicos, além de serem frequentemente expostas a abusos dentro de suas próprias casas.
A violência doméstica e o controle social sobre o corpo da mulher, em nome de uma moral religiosa conservadora, são realidades comuns em muitos países subdesenvolvidos. Não é incomum que líderes religiosos minimizem ou ignorem esse tipo de violência, com base em interpretações distorcidas de textos sagrados, que tratam a mulher como inferior ao homem e a mulher como responsável por manter a moralidade da família e da sociedade.
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