Enquanto o governo não faz a sua parte, não sendo levadas em consideração todas as receitas previdenciárias, há um déficit, mas não tão difícil de ser eliminado. Mas culpar a aposentadoria integral é mostrar incompetência.
“O regime de Previdência do setor público federal, constituído de 952 mil aposentados, arrecada R$ 21,8 bilhões e gasta R$ 61 bilhões, proporcionando um déficit de R$ 39,2 bilhões por ano” (José Genoíno, página do PT).
Pontos a considerar:
Se acabar com a aposentadoria integral, terá que acabar com a contribuição integral também. Significa que será diminuído gasto, mas será diminuída também a contribuição. Não faz, portanto, muita diferença.
Um ajuste viável:
Se o Estado fizer a sua parte, como fazem as empresas, a contribuição dobra. Os 21,8 bilhões passarão para 43,6 bilhões, já restando um déficit bem pequeno.
Se acabar com a “pensão vitalícia para os filhos e filhas de militares”, que multiplica o gasto sem correspondente contribuição, esse déficit fica muito menor.
A “taxação dos inativos em 11%” não seria uma coisa tão grave como se prega. Porque, se damos 11% quando trabalhamos e temos tantas despesas decorrentes do próprio trabalho, não me parece tão difícil continuar a contribuir depois que parar de trabalhar. Isso já deve ser suficiente para acabar com o déficit.
Exigir um tempo maior de serviço público para a aposentadoria integral também não me parece tão injusto, porque antes de ser servidor público, o contribuinte não arca com uma contribuição integral. Isso já é mais uma fonte de equilíbrio.
Mas passar parte da previdência para o setor privado significa simplesmente atendimento aos interesses privados, que visam a lucros.
Se um sistema privado, que visa a lucro, pode pagar a aposentadoria de acordo com o valor da contribuição, porque o Estado não poderia? Isso é declaração incompetência dos próprios administradores do Estado. No Estado deveria dar com mais sobra. Porque ele, em tese, não busca lucro.
Por outro lado, se os banco andam tão a fim de pegar parcela da previdência, está claro que ela é lucrativa em vez de deficitária.
Veja análise em COMO SE MOSTRA A PREVIDÊNCIA AO POVO E O QUE NÃO SE MOSTRA