Doria assina decreto que classifica as igrejas como atividades essenciais em SP
Crédito: Lalo de Almeida
Estadão Conteúdo
01/03/21 – 17h10 – Atualizado em 01/03/21 – 18h01
O governador João Doria assinou um decreto, que será publicado nesta terça-feira, 2, no Diário Oficial, que classifica as igrejas como atividades essenciais em todo o Estado de São Paulo durante a pandemia. Ele explicou que pretende transformar o decreto em lei “para que fique claro que as igrejas têm uma função essencial”.
“Amanhã o decreto será publicado e vamos transformar isso em lei. Igreja, de qualquer natureza, tem uma função esencial, mas não está desobrigada a seguir as orientações sanitárias. As igrejas de qualquer religião têm um papel essencial. Todos sabem que eu sou católico e a oração ajuda muito a aumentar a resiliência e esperança em relação ao futuro”, explicou.
Ele reforçou que os templos deverão seguir medidas sanitárias como ocupação limitada dos assentos, distanciamento social, aferição da temperatura na entrada e uso obrigatório de máscaras.
<https://istoe.com.br/doria-assina-decreto-que-classifica-as-igrejas-como-atividades-essenciais-em-sp/>
Igrejas e escolas devem ser fechadas
“O pneumologista [Ubiratan de Paula Santos] observa que “interesses individuais” e de uma “operação empresarial do lucro acima da proteção das pessoas” estão pesando mais que os interesses coletivos. E critica o reconhecimento de atividades religiosas como serviços essenciais por parte do governador de São Paulo João Doria e também de outros governadores. “Essa é uma situação constrangedora. Certamente Deus, para quem tem essa crença religiosa, deve preferir preservar a vida. O que significa as pessoas não se contaminarem”, aponta.
“E isso vale para essas viagens de futebol, que vão ajudando as diversas cepas do vírus a circular. Temos várias mutações circulando com viagens, e nas escolas também. Nesse momento, defendo o lockdown completo. Apenas com exceção da saúde, precisa ter ônibus e aquilo que for essencial para as pessoas sobreviverem, ter o que comer, mas com restrição ao extremo. Temos que abrir quando conseguirmos controlar a pandemia.”
<www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/2021/03/lockdown-igrejas-servico-essencial-pandemia/>
Segundo a Resolução Novativa Nº 414, de 9 de setembro de 2010, da ANEEL,
“Art. 11. São considerados serviços ou atividades essenciais aqueles cuja interrupção coloque em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população”
<http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2010414.pdf>
Faz sentido dizer que fechar igreja põe em risco a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população?
Quem é religioso, devia, pelo menos nesta hora, seguir a orientação de seu suposto mestre:
“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (Mateus 6:6)
Só mesmo o Poder Judiciário para parar uma atitude demente que coloca algo inútil como essencial. Que serviço existe em um templo “cuja interrupção coloque em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população”? Ao contrário, essas aglomerações religiosas são é uma ameaça à saúde da população.
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