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A
EVOLUÇÃO - GRANDE DARWIN! QUEM PODERÁ CONTESTÁ-LO? --
(26/03/2003)
Charles
Darwin criou uma teoria baseada em muito poucos indícios existentes em seus
dias. Entretanto, quanto mais se descobre sobre o passado, mais se corrobora a
sua idéia. Foi realmente extraordinário! Até os que
tentam provar o contrário mostram as condições desfavoráveis existentes nos dias
de Darwin, o que contribui ainda mais para confirmar a sua genialidade.
“O fato é que Darwin quando lançou a teoria da evolução no século 18
não tinha nenhuma estrutura tecnológica para comprovar sua idéia. O microscópio
da época mal dava para observar as extremidades de uma célula viva!” (José
Roberto Braz , “A VIDA EVOLUÇÃO OU CRIAÇÃO?”).
Essa
precariedade citada, para quem leva em consideração tudo que já foi encontrado
até hoje, só enaltece a capacidade de Darwin. Não seria tão fácil em seus dias
afirmar algo tão contrário às convicções populares sem ter muitas provas do que
estivesse dizendo.
Continua o
referido autor: “Nossos antepassados ao contrário do que Darwin imaginava, eram
mais fortes, maiores e possuíam uma caixa craniana muito mais desenvolvida!" (
Sinal de que o homem está se degenerando e não evoluindo!)”.
Diz mais:
“Darwin acreditava também que seriam encontrados fósseis que comprovariam sua
teoria. Até hoje no entanto 2 séculos depois, os supostos fósseis encontrados
mal caberiam em um caixão de defunto! Provavelmente esses fósseis são não passam
de alguns pedaços de crânios deformados!
Em milhões de
anos de evolução deveria haver uma quantidade infinita de fósseis por todo o
globo para comprovar a teoria de Darwin, mas simplesmente não há!”
MUITOS
FÓSSEIS - O que o nosso colega não leva em consideração ao falar de “uma
quantidade infinita de fósseis por todo o globo” é que as condições para
preservação de um fóssil são tais, que nem tudo que existiu deve ter deixado
resto:
“A
preservação de um fóssil depende da ocorrência de uma série de eventos.
Normalmente, organismos mortos são prontamente atacados por vários tipos de
seres vivos, entre eles bactérias e fungos que efetuam a decomposição da matéria
orgânica. Em alguns casos, porém, a preservação de restos pode ocorrer. Se o
animal morrer em leitos de água, a correnteza carrega sedimentos que
podem cobri-lo, dificultando o ataque de outros organismos que poderiam
destruí-lo, favorecendo, assim, a sua preservação. Do mesmo modo, substâncias
minerais trazidas pela água impregnam os ossos, o que ajuda a conservação da sua
forma. Esses processos ocorrem comumente em oceanos e mares rasos, duas
fontes notáveis de fósseis. A erupção de um vulcão pode levar à fossilização
ao soterrar com cinza os animais e vegetais que viviam nas proximidades.
Protegidos do ar e de outros animais, esses organismos soterrados acabam sendo
preservados." (Armênio Uzunian, Dan Edésio Pinseta, Sezar Sazón, A Evolução
Biológica).
Nessas
condições, é previsível que muitos estágios intermediários da evolução nunca
sejam encontrados, simplesmente por não ter exemplares mortos nas condições
acima informadas. Mas a existência de um livro de duzentas páginas faltando
algumas pelo meio nos dá uma idéia clara de que aquelas páginas faltantes
existiram.
ANTEPASSADOS MAIS FORTES – Um homem vivente das florestas há duzentos mil
anos, com certeza, teria uma capacidade física superior à de um sedentário que
passa quase todo o dia dentro de um escritório hoje, é muito fácil entender. Ele
vivia correndo e lutando para sobreviver.
Mas não levou
em consideração o nosso colega que o esqueleto mais forte encontrado foi do
homem de Neanderthal, uma espécie que existiu até cerca de quarenta mil anos
atrás e desapareceu. Acredita-se que, não obstante mais forte do que o homo
sapiens, ele foi extinto, talvez porque nem soubesse falar.
Os esqueletos
mais antigos dos nossos ancestrais mostram estatura menor:
"Um dos
fósseis humanos mais completos e famosos do mundo é de 'Lucy', uma mulher que
viveu há cerca de três milhões de anos na Etiópia, região leste do continente
africano. Ela tinha um metro de altura, menor do que a altura atual dos
humanos. Seu cérebro era subdesenvolvido, quase do tamanho do de um
chimpanzé, porém, a forma de sua bacia comprova a postura ereta.” (Charles
Darwin, Artigo publicado no jornal Brasil Sekyo, Sábado, 4 de novembro de 2000.
Edição No. 1.578, Caderno Cultura Soka, C4 -
http://www.motoki.hpg.ig.com.br/Cs/Cs2001/CS01_03.html).
O HOMEM DE TOUMAI – “Na verdade, um verdadeiro tesouro: um crânio, que apresenta a
parte frontal achatada com fortes sinais de uma sobrancelha sobre a cavidade dos
olhos, o que evidenciaria para os cientistas as suas características humanas,
iguais a dos fósseis já descobertos de apenas 1,7 milhão de anos. Mas, a parte
traseira já tem todas as características de um crânio de um chimpanzé. E isto
tudo está deixando os cientistas fascinados, pois o crânio tem, na verdade, 6 ou
7 milhões de anos.”
(http://www.rnw.nl/parceria/html/ci020712tomaicranio.html).
Que o
universo tem bilhões de anos não se pode mais contestar. Ainda que lance dúvida
sobre os métodos de datação, as lentes telescópicas eliminam qualquer dúvida
sobre a sua antiguidade (Veja
).
Se os fósseis
mais primitivos estão em camadas mais inferiores da terra, não há como negar que
tenha havido uma evolução. Se os métodos de datação, ainda que possam errar
quanto à precisão de determinada época, estão sempre mostrando vidas mais
simples em épocas mais remotas, ainda que nunca se encontrem fósseis de todas as
etapas evolutivas do homem, isso não pode desfazer o pouco que já foi provado.
Mesmo que paire dúvida sobre alguns detalhes e alguns mecanismos, não seria
inteligente negar tudo que já foi descoberto por causa do que ainda não se
conhece.
Onde foram
encontrados os números 2 5 7 e 10, o mais lógico é deduzir que 1, 3, 4, 6, 8 e 9
também existiram, ainda que eles nunca sejam encontrados.
Ademais,
agora, temos o Projeto Genoma para esclarecer mais o caso:
"De acordo
com o projeto genoma, a evolução não é mais uma teoria. Através do estudo do
DNA, a molécula nas células de todos os seres vivos que armazena o código
hereditário, consegue-se mensurar o grau de parentesco entre as espécies."
(http://www.consciesp.org.br/adao_e_eva_versus_charles_darwin.htm)
“Para a
ciência atual, a Teoria da Evolução é um consenso. Diante das evidências, não há
como não aceitar, em todo ou em parte, a teoria de Darwin (que posteriormente
foi modificada em muitos aspectos pelo próprio Darwin). No entanto, os detalhes
sobre a causa e o processo da evolução ainda estão em discussão.” (Charles
Darwin, art. citado acima).
Embora ainda
não se saiba tudo, só negam a evolução os que persistem em tentar provar a
existência do criador que o homem criou. Fechar os olhos a tudo que a
paleontologia mostra e dizer que tudo foi criado “conforme sua espécie” e nada
mudou é demais.
Se eu não sei
como o homem africano ficou com a pele escura e o escandinavo ficou com a pele
clara, isso não é razão para eu dizer que o fenômeno não ocorreu.
Se os
micróbio se modificam, tornando-se resistentes aos medicamentos que foram
aplicados em dose insuficientes para os destruir, o fato de eu não saber como
eles conseguem isso não pode me levar a pensar que a alteração não exista.
Se eu vejo
que pequenas alterações estão diante de nós, como eu iria duvidar de que outras
maiores tenham ocorrido ao longo de bilhões de anos, enquanto indícios disso são
mostrados nos fósseis?
Só nos resta
admirar a capacidade de Darwin que não tinha diante de si o que nós temos hoje
para afirmar uma realidade que alguns ainda tentam negar.
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