O paradoxo da onisciência de Deus e como ele afeta o poder do livre-arbítrio.
A onisciência, é o poder de Deus em saber tudo, ele próprio ser a fonte de conhecimento. Já sabendo disso, logo, Deus já sabia que, ao criar os seres humanos, Adão e Eva começariam o “pecado”, e então Deus teria que enviar seu filho para nos salvar. A questão é: Deus dá às pessoas o livre-arbítrio. Que é o poder de escolha, sem qualquer tipo de condicionamento externo. A pessoa é livre para tomar suas próprias decisões. Bom, se Deus sabe de tudo, do início ao fim, ele já sabe qual será o destino de cada pessoa. LOGO, a decisão que a pessoa toma, não é “livre”. Pois Deus, já havia visto. O poder de escolha implementa o fator da “SURPRESA” e isso tiraria de Deus sua onisciência. Um exemplo simples: Uma pessoa segura uma bola de tênis numa mão e logo abaixo está a minha. Ao soltar a bola, eu tenho duas escolhas: segurar ou deixar cair. E por ter duas escolhas, a pessoa NUNCA pode saber qual será a minha escolha. Se Deus desse o poder de escolha sem o condicionamento de um fator externo (a sua onisciência, o poder de saber tudo), logo entraria o fator surpresa. Deus NÃO saberia qual seria a minha escolha e isso iria ferir a sua onisciência. Se ele não sabe de tudo, então ele não é onisciente. Se ele sabe de tudo, então não existe livre-arbítrio de forma genuína. Nós temos “destinos” pré-programados que, aparentemente, Deus determinou, e nós não podemos mudar. Inconciliáveis o livre arbítrio e a onisciência.
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