REVOLTA JUDAICA CONTRA GALO

A Revolta judaica contra Galo foi um conflito entre os judeus da província romana da Síria Palestina contra o governo de Constâncio Galo, cunhado do imperador Constâncio II e césar do Império Romano do Oriente. A revolta foi esmagada pelo general romano Ursicino.

Contexto

O imperador Constâncio II, como seu pai, Constantino I, antes, demonstrou uma clara preferência pelo cristianismo e o favorecia perante todas as demais religiões, incluindo o judaísmo. Porém, ao contrário do pai, Constâncio permitia que cristãos perseguissem tanto os pagãos quanto os judeus. Neste contexto, alguns membros do clero cristão passaram a atacar não-cristãos em suas jurisdições, tanto utilizando diretamente os poderes constituídos quanto incitando multidões a destruírem templos e sinagogas[1]. Num determinado ponto, os judeus reagiram contra o proselitismo cristão demonstrando intolerância contra os convertidos judeus. Sermões furiosos pregados nas sinagogas contra “Edom” eram, na realidade, dirigidos aos romanos que, depois de acabarem com a independência dos judeus, estavam agora reprimindo sua religião[2].
 

Revolta

Em 350, Constâncio estava numa campanha no oriente contra os sassânidas, mas acabou sendo forçado a retornar para o ocidente para tratar da revolta do usurpador Magnêncio, que assassinou o irmão e coimperador de Constâncio, Constante. Para não deixar o oriente desguarnecido, o imperador nomeou seu primo Constâncio Galo “césar do oriente” em 15 de março de 351. Galo se casou com a irmã de Constâncio, Constantina e o casal se mudou para Antioquia, sua capital, em 7 de maio do mesmo ano[3]. Foi justamente no período entre a saída de Constâncio e a chegada de Galo — ou imediatamente depois disso — que os judeus se revoltaram.

A revolta era liderada por Isaac de Diocesareia (conhecido também como Isaac de Séforis)[2], que tinha o apoio de um tal Patrício, conhecido também como Natrona, um nome com conotações messiânicas[4], e tinha como epicentro a cidade de Diocesareia[5][6]. A revolta começou com um ataque noturno à guarnição romana da cidade, que foi destruída, e que deu aos revoltosos acesso a muitas armas. Logo em seguida, os rebeldes assassinaram pessoas de diferentes etnias, como gregos e samaritanos[7].

Em 351 ou 352, Galo enviou seu mestre da cavalaria (magister equitum) Ursicino[8] para esmagar a revolta. Tiberíades e Dióspolis (moderna Lida, em Israel), duas das cidades conquistadas pelos rebeldes, foram quase destruídas, um destino melhor que o de Diocesareia, que foi completamente arrasada[2]. Ursicino também ordenou que milhares de rebeldes fossem executados[7] Um midrash sugere que Patrício foi morto em combate[9].

Referências

Lazare, p. 46.
Lazare, p. 47.
«28». História Eclesiástica. Athanasius’ Account of the Deeds of Violence committed at Alexandria by George the Arian. (em inglês). II. [S.l.: s.n.] |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
Yalkut Shemoni Shemot 191
«33». História Eclesiástica. Of the Jews inhabiting Dio-Cæsarea in Palestine. (em inglês). II. [S.l.: s.n.] |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
«7». História Eclesiástica. Death of the Tyrants Magnentius and Silvanus the Apostate. Sedition of the Jews in Palestine. Gallus Cæsar is slain, on Suspicion of Revolution. (em inglês). IV. [S.l.: s.n.] |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
Jerônimo, Chronica, 15-21; Teófanes, o Confessor, Cronografia AM 5843]].
Banchich
Jewish Encyclopedia

<https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_judaica_contra_Galo>
 

Pelo informado acima, Constantino I ainda mantinha o pensamento romano, não perseguir as religiões; entretanto, seu filho, esse já tinha o pensamento cristão, assim como o dos judeus, perseguir quem não for adorador de seu deus.

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