ALI SE CONVERTE A ALÁ, MAS LUTA CONTRA O RACISMO

“Clay ganhou seis títulos Golden Gloves de Kentucky, dois títulos Golden Gloves nacionais e o título nacional do Amateur Athletic Union, e a medalha de ouro do Meio-Pesado nas Olimpíadas de Verão de 1960, em Roma.[5] Conquistou o título mundial de campeão dos pesos pesados, ao derrotar Sonny Liston em 1964. Perdeu o título mundial em 1967 e foi proibido de atuar por três anos e meio por ter se recusado a lutar no Vietnã. Recuperou o posto ao ser reabilitado, mas logo perdeu para Joe Frazier. Ganhou de novo o título em 1974 ao vencer George Foreman em luta realizada no Zaire (retratada no documentário “Quando éramos Reis” e no filme “Ali”), perdeu-o em 1978 para Leon Spinks e em seguida retomou-o de Spinks. Retirou-se do boxe quando ainda era campeão.

Converteu-se ao Islamismo (mudando de nome para Muhammad Ali-Haj) e lutou contra o racismo.

Ali dizia que a primeira vez em que ouviu falar da Nation of Islam foi quando estava competindo pelas Golden Gloves em Chicago, em 1959. Foi à sua primeira reunião na Nation of Islam em 1961. Continuou a frequentar as reuniões, mas manteve esse envolvimento fora do conhecimento do público. Em 1962, encontrou-se com Malcolm X, que viria a se tornar seu mentor espiritual e político.[6] Na época de sua primeira luta com Liston, membros da Nation of Islam, incluindo Malcolm X, eram vistos em seu entourage. Isso levou a uma reportagem do Miami Herald, publicada pouco antes da luta, revelando que ele havia aderido à Nation of Islam, o que quase levou a luta a ser cancelada.

Muhammad Ali pode ser considerado o primeiro esportista a aliar esporte e política. Exemplo disso foi seu desempenho antes da luta com George Foreman no Zaire. Ali utilizou todo seu conhecimento do pan-africanismo para se colocar como o lutador da África, enquanto Foreman ficou como símbolo da alienação negra estadunidense, episódio este retratado no filme “Quando Éramos Reis”, de 1974. Ali entrou para história da década de 1960, quando se negou a lutar na Guerra do Vietnã. ‘Nenhum vietcongue me chamou de crioulo, porque eu lutaria contra ele?“. Em 1967, quando, juntamente com Martin Luther King (de quem era amigo), esteve em Louisville para apoiar a luta da população local por moradia, quando declarou:[7]

Por que me pedem para vestir um uniforme e me deslocar 10 000 milhas para lançar bombas e balas no povo marrom do Vietnam, enquanto os negros de Louisville são tratados como cachorros, sendo-lhes negados os mais elementares direitos humanos? Não, não vou viajar 10 000 milhas para ajudar a assassinar e queimar outra nação pobre para que simplesmente continue a dominação dos senhores brancos sobre os povos de cor mais escura mundo afora. É hora de tais males chegarem ao fim.

Fui avisado de que essa atitude me custaria milhões de dólares. Mas eu já disse isso uma vez e vou dizer de novo. O inimigo real do meu povo está aqui. Não vou desgraçar minha religião, meu povo ou a mim mesmo tornando-me um instrumento para escravizar aqueles que estão lutando por justiça, liberdade e igualdade…

Se eu pensasse que a guerra traria liberdade e igualdade a 22 milhões de pessoas do meu povo, eles não precisariam me obrigar, eu me juntaria a eles amanhã mesmo. Não tenho nada a perder por sustentar minhas crenças. Então, vou para a prisão, e daí? Nós estivemos na prisão por 400 anos.
‘[carece de fontes]”

<https://pt.wikipedia.org/wiki/Muhammad_Ali>

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